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Embasa alerta sobre riscos de abertura das tampas da rede de esgoto

Órgão recomenda que as tampas devem ser manipuladas apenas pela equipe da empresa devidamente treinada

Diante do período chuvoso em Salvador, a Embasa alerta a população sobre a importância de manter os cuidados ao usar a rede coletora de esgoto. A principal orientação é evitar abrir as tampas das estruturas de inspeção da rede para drenar os alagamentos causados pelas chuvas.

As tampas devem ser manipuladas apenas pela equipe da empresa, devidamente treinada e equipada com materiais de proteção especializados.

“A rede de esgoto é projetada para receber apenas o esgoto dos imóveis, e não o grande volume das águas pluviais. O lançamento indevido dessas águas na nossa rede provoca obstruções, extravasamentos e até o retorno de esgoto ao domicílio, multiplicando os transtornos”, explicou Thaís Vieira, superintendente de Serviços de Água e Esgotamento Sanitário da Embasa na Região Metropolitana de Salvador.

“Mesmo que a rede de esgoto esteja entupida por conta desses fatores, é um erro dizer que o alagamento foi causado por conta dela, pois o equipamento responsável por escoar a água de chuva é a rede ou canais de drenagem”, completou Thaís.

Somente em 2023, foram executadas 25 mil desobstruções da rede de esgoto em Salvador, para retirar areia, pedras, buchas (emaranhados de fibras) e, principalmente, lixo. O lixo representa mais de 50% das dessas desobstruções e sua presença deve-se ao mau uso das redes interna (dentro do imóvel) e pública de esgoto.

Saiba a diferença

É comum as pessoas confundirem as estruturas da rede de drenagem pluvial com as da rede de esgoto. O sistema público de esgotamento sanitário, operado pela Embasa, coleta a água suja descartada pelos imóveis residenciais e comerciais, seja nos ralos, nas pias ou na descarga do vaso sanitário.

Já a rede urbana de drenagem pluvial, de responsabilidade da prefeitura, coleta a água da chuva que cai sobre todo o território da cidade. Por isso mesmo, a rede de drenagem tem aberturas (bueiros) ao lado das ruas, para escoamento imediato da chuva. Já a rede de esgoto é toda subterrânea e fechada, sem contato com o meio ambiente externo.

Manuella Andrade, diretora de Operação da Embasa na Região Metropolitana de Salvador, afirmou que os proprietários devem ligar seus imóveis à rede coletora de esgoto sempre que essa infraestrutura estiver disponível na rua.

“Isso é fundamental para que o sistema de esgotamento sanitário possa cumprir seu papel de evitar que o esgoto vá parar na rede de drenagem e, consequentemente, nos rios e praias. A Embasa tem feito ações de fiscalização para identificar ligações clandestinas de esgoto nos canais e córregos urbanos, através de contratos contínuos de ligações de esgoto na cidade, além de executar novos ramais de esgotamento sempre que necessário de acordo com o crescimento da cidade.”

Chuvas

Nos primeiros oito dias de chuvas, Salvador já ultrapassou a média prevista para o mês de abril. De acordo com o Climatempo, nos primeiros três dias, a cidade registrou 121,8 milímetros (mm) de chuva. Em apenas 72 horas, o volume acumulado chegou perto do que costuma chover no mês inteiro no município, sendo que a média climatológica para a abril é de 176 mm.

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