Carlos Henrique Passos, novo presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB) para o período de 2023-2026, detalhou ao Portal M!, em uma entrevista com o editor-chefe Osvaldo Lyra, sua visão estratégica para impulsionar a indústria baiana. Ele destacou o compromisso de reforçar o papel da FIEB como catalisadora do desenvolvimento do estado.
“A Bahia enfrenta o desafio de buscar uma nova indústria, com concentração em setores e territórios. Isso a coloca diante de um desafio maior do que em alguns estados do Brasil, que se distribuem por áreas diferentes. É preciso diversificação nos setores e pulverização por diversos territórios do estado para mais estabilidade. Isso a torna menos dependente, por exemplo, do setor de petróleo e petroquímica, promovendo assim um desempenho mais estável”, disse Carlos.
Ao analisar o cenário industrial baiano, o presidente propôs soluções, enfatizando o encadeamento das cadeias produtivas como uma estratégia fundamental. Também destacou a necessidade de agregar valor aos produtos primários, citando a expansão dos serviços industriais para o interior do estado, oferecendo serviços do SESI, SENAI e IEL.
“Ao longo dos anos, já com outras gestões, conseguimos estabelecer presença em cidades como Luís Eduardo Magalhães, Barreiras, Vitória da Conquista, Juazeiro, Jequié, Teixeira de Freitas, Ilhéus, Itabuna e Feira de Santana. A expansão do sistema indústria para o interior proporciona oportunidades de capacitação profissional, facilitando a vida das pessoas que já estão nessas localidades e daquelas que desejam se estabelecer”, pontuou.
Para Carlos, o movimento de crescimento da indústria baiana, com a atuação do SESI, SENAI, CIMATEC e IEL em diferentes lugares, contribui significativamente para oferecer apoio mais robusto às indústrias existentes e àqueles que pretendem ingressar nesse setor.
SENAI-CIMATEC
Investimentos em pesquisas cresceram mais de 30% nos últimos tempos. Neste ambiente, Carlos Henrique avalia o trabalho realizado pelo SENAI CIMATEC, destacando a relevância da inovação e tecnologia no contexto atual.
“Falar de inovação e tecnologia tem tudo a ver com pessoas. Se não cuidarmos das pessoas, as máquinas chegam e não há essas pessoas para operar e mantê-las. Portanto, é necessário um conjunto de ações, desde a máquina até processos e pessoas”, ressalta.
No SENAI CIMATEC, o presidente da FIEB destaca iniciativas como o laboratório Fábrica Modelo 4.0, que oferece programas abrangentes de aprendizado para empresas de todos os portes e segmentos, com uma infraestrutura moderna e tecnologias avançadas integradas à indústria.
“Na fábrica, trabalha-se no processo industrial, na operação das empresas. A incorporação de tecnologia permite a digitalização eficiente dos processos, com cuidado especial na gestão da matriz energética. Isso garante a produção de produtos limpos, em conformidade com a visão de sustentabilidade ambiental, prontos para serem absorvidos pela sociedade”, finalizou .