"A economia no governo Bolsonaro deu um voo de galinha nos últimos anos", diz economista Eduardo Fagnani

Especialista falou sobre a expectativa na nova fase do governo Lula e prejuízos deixados pela atual gestão

Por Larissa Nunes
09/11/2022 às 16h13
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Foto: Divulgação
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Com uma expectativa de melhora e esperança no próximo governo, o economista Eduardo Fagnani disse na manhã desta quarta-feira (9), que espera um cenário de crescimento e reorganização na nova fase de mandato com o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

"Acho que o novo governo fará um mandato com senso democrático, e vejo com muita esperança que teremos um período de reorganização econômica, uma verdadeira refundação, já que nos últimos quatro anos tivemos muitos retrocessos. Que o país volte a crescer e que a renda da população possa ter um crescimento", afirmou durante entrevista com o editor-chefe do Portal M!, Osvaldo Lyra, no programa Nova Manhã da rádio Nova Brasil FM.

Eduardo Fagnani avalia os impactos e os problemas da economia brasileira, com as possíveis consequências do governo Bolsonaro, dentre elas os rombos que chegam a quase R$350 milhões, de acordo com dados da Fundação Getúlio Vargas.

"O nosso crescimento em quatro anos foi de 1%,. Tivemos a pandemia onde o mundo enfrentou esse período, porém o nosso crescimento foi realmente baixo. Nós tivemos um recessão de gasto social em diversas áreas como farmácia popular, merendas escolares, por exemplo. Hoje se fala de um 'buraco' de cerca de R$170 milhões, mas na verdade a herança que o governo Bolsonaro deixa é muito maior, e o que fizeram no último semestre foi uma utilização do estado para fins eleitorais."

Com a política de preços dos combustíveis que foi atrelada ao preço do petróleo no mercado internacional, o que acabou desenfreando dos preços nas bombas para o consumidor, Fagnani acredita que Lula consiga fazer esses valores serem reduzidos rapidamente.

"Acredito que o governo Lula irá mexer em projetos que já estão correndo no Congresso, mas que nunca foram finalizados. O petroléo que é produzido no Brasil não pode depender do valor do câmbio, isso precisa ser resolvido. O preço da gasolina no país chegou a mais de R$7. Os recursos que a Petrobras irá ganhar agora poderiam ser destinados para investimentos, o que não vai acontecer", afirmou.

*Confira a entrevista na íntegra: