Expectativa no mercado imobiliário é de crescimento entre 2022 e 2023

Presidente da Ademi-BA, Cláudio Cunha, vê o momento de forma positiva, mesmo com a inflação do Brasil e a guerra na Ucrânia inflenciando o valor dos insumos

Por Nicolas Melo e Osvaldo Lyra
25/05/2022 às 07h00
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Foto: Reprodução
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Embora o mercado imobiliário tenha fechado o ano de 2020 com um crescimento de 32% em Salvador e de 17% na Bahia, e tenha registrado queda de 3% no primeiro semestre deste ano, as perspectivas para o segundo semestre e primeiro trimestre de 2023 são boas.

"Para 2022, a gente espera e estamos trabalhando para que a gente consiga manter o nível de 2021. Os primeiros semestres estão mais ou menos equilibrados, iguais. O primeiro trimestre deste ano está abaixo apenas 3%, se comparado ao mesmo período do ano passado", pontuou o  presidente da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário da Bahia (Ademi-BA), Cláudio Cunha.

Ele palestrou no evento de Marketing Imobiliário, promovido pela rádio Nova Brasil FM e Grupo Tathi de Comunicação, no espaço Colaboraê, no Rio Vermelho. Cláudio Cunha explica que há sempre expectativa de crescimento no segundo semestre, ainda mais que este é o ano de eleições estaduais e federal. 

"O segundo semestre sempre se caracteriza por uma melhora do ambiente de negócios, com um maior volume de lançamentos, e a gente acredita que a definição das eleições e das políticas econômicas fará com que os empreendedores que estão com projetos prontos para serem lançados coloquem esses imóveis à disposição. A expectativa é que a gente conclua o ano no mesmo nível de 2021, projetando [crescimento] para 2023 e 2024", disse Cunha, em entrevista ao editor-chefe do Portal M!, Osvaldo Lyra. 

Ele explica que a economia nacional e global sofre interferências de vários fatores, como a inflação brasileira e a guerra na Ucrânia, e isso tem se refletido diretamente nas vendas e orçamentos do mercado imobiliário.

"O mercado imobiliário não se baseia só no momento em que a gente está vivendo. Óbvio que o momento que a gente vive reflete diretamente nas vendas e nos orçamentos, mas a gente tem um negócio que tem um tempo de maturação maior, de três a quatro anos. Então, temos sempre que olhar para a frente e ver como estão as perspectivas futuras, principalmente da economia, que é quem baliza toda a nossa vida", pontuou. 

Cláudio Cunha também falou sobre a projeção de queda nas taxas de juros, o que favorece o segmento.

"Uma pessoa que adquirir um imóvel em lançamento agora deverá receber daqui a dois, três anos, e aí sim essas taxas de juros, como todas as projeções indicam, estarão mais baixas, aumentando também a capacidade de contratação por parte das pessoas que adquirem o imóvel", acrescentou.