Google tem contas apreendidas na Rússia e declara insolvência

Governo confiscou conta bancária da empresa

Por Redação
18/05/2022 às 14h55
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Foto: Reprodução/Agência Brasil
Foto: Reprodução/Agência Brasil

A subsidiária russa do Google declarou-se insolvente, nesta quarta-feira (18), após a companhia ter suas contas bancárias confiscadas pelo governo russo, impedindo o seu funcionamento no país, conforme um porta-voz da empresa.

"O confisco pelas autoridades russas da conta bancária do Google Rússia tornou insustentável o funcionamento de nosso escritório na Rússia, incluindo empregar e pagar funcionários russos, pagar fornecedores e vendedores e cumprir outras obrigações financeiras", disse um porta-voz do Google.

A relação entre o Google e a Rússia está estremecida há meses. A companhia foi acusada de não excluir conteúdo que Moscou considera ilegal e por restringir o acesso a alguns veículos de mídia do país no YouTube. Até então, o Google não confirmou se outros confiscos ocorreram.

Com a ação, a subsidiária russa do Google enviou "um aviso da intenção de se declarar insolvente", disse uma nota publicada no Fedresurs, registro oficial da Rússia, nesta quarta-feira. "Desde 22 de março de 2022, a empresa prevê a sua própria insolvência e incapacidade de cumprir obrigações", disse a nota.

Ameaças e multas

Durante o dia de ontem (17), a Rússia afirmou que não planeja bloquear o YouTube, apesar de repetidas ameaças e multas, reconhecendo que tal medida provavelmente prejudicará usuários do país.

Por sua vez, o presidente-executivo da Rostelecom, Mikhail Oseevskiy, disse que o Google está operando normalmente no país, com todos os servidores. A receita da subsidiária russa do Google em 2021 foi de 134,3 bilhões de rublos, revelou o banco de dados de empresas russas da Spark, da Interfax.

O Google, que interrompeu a grande maioria de suas operações comerciais na Rússia após Moscou invadir a Ucrânia em 24 de fevereiro, disse que seus serviços gratuitos, incluindo busca, YouTube, Gmail, Maps, Android e Play, permanecerão disponíveis para usuários russos. 

*Com informações da Agência Brasil