Bafômetro: Álcool gel não compromete condutores

Transalvador fez simulações para mostrar que produto não interefere no resultado do etilômetro, contrariando vídeo que circula nas redes sociais

Por Redação
05/03/2020 às 17h35
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Foto: SecomPMS
Foto: SecomPMS

Mais comum agora após o surto do novo coronavírus, o uso de álcool gel não interfere no teste do bafômetro durante as blitze da lei seca. A garantia foi dada pela Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador). O órgão municipal fez testes para comprovar que que o uso da substância nas mãos não compromete o resultado obtido pelo etilômetro (bafômetro), que detecta apenas o ar dos pulmões. Vídeos circulam nas redes sociais que mostram que pode ocorrer alguma interferência. 

Segundo a Transalvador,  em um primeiro momento, em ambientes fechados e se o teste correr imediatamente após a inalação do odor do álcool, pode ocorrer um falso positivo. Porém, minutos após, quando refeito o teste, caso o condutor não tenha ingerido bebida alcoólica, o resultado dará negativo.

"Nossas bltize da Lei Seca acontecem em locais abertos. O condutor é convidado a passar pelo teste fora do veículo. Caso se sinta prejudicado pelo resultado, nós garantimos que ele poderá refazer o teste minutos após", explica Fabrizzio Müller, superintendente da Transalvador.

Autuações

Nos dois primeiros meses deste ano, 15.614 pessoas foram abordadas pelos agentes da Transalvador durante as blitze da Lei Seca. Desse total, 1.075 tiveram de ser autuados por terem dirigido após ingerir bebida alcoólica ou se recusado a passar pelo teste do befômetro.

A Transalvador utiliza dois etilômetros: o Lifeloc, que faz a medição de álcool no ambiente, e o Alco-Sensor IV, que mede o nível de álcool existente nos  pulmões. Ambos possuem certificado de verificação dado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), com validade de um ano.

"Temos de ter cuidado com essas informações nas redes sociais, muitas de fontes duvidosas, que descredibilizam ações consolidadas e cientificamente comprovadas no favorecimento de um trânsito mais seguro", pede o superintendente da Transalvador.