Monitor do PIB registra alta de 1,8% em novembro de 2021, aponta FGV

Avanço da economia mostra reversão de queda e estagnação

Por Redação
19/01/2022 às 17h38
  • Compartilhe
Foto: José Cruz/Agência Brasil
Foto: José Cruz/Agência Brasil

O Monitor do Produto Interno Bruto (PIB), calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), apontou um crescimento de 1,8% na atividade econômica no mês de novembro de 2021, em comparação ao mês anterior; e recuo de 0,3% no trimestre móvel compreendido entre setembro e novembro, em relação ao encerrado em agosto.

Já quando é analisada a comparação interanual, o avanço da economia é de 2,2% no mês de novembro e 1,3% no trimestre móvel terminado em novembro. Em valores correntes, o PIB - que é calculado pela soma da captação bruta de todos os recursos e impostos no país - foi estimado, no acumulado do ano até novembro de 2021, em R$ 7,91 trilhões. Os números foram divulgados nesta quarta-feira (19).

Segundo o coordenador do Monitor do PIB da FGV, Cláudio Considera, a economia brasileira em novembro reverteu a trajetória de queda e estagnação que ocorria desde abril. De acordo com o economista, todos os componentes de demanda se mostraram positivos, com destaque para a Formação Bruta de Capital Fixo, que registrou crescimento forte em três setores, com destaque para a Construção Civil.

"O consumo das famílias, componente com maior participação na demanda, também cresceu, destacando-se os serviços, graças à ampliação da vacinação. Pelo lado da oferta, todos os componentes de serviços foram positivos em comparação ao mês anterior", pontuou.

Claudio destacou ainda o resultado positivo da atividade industrial puxado pela forte reação da indústria de transformação, enquanto a agropecuária apresentou forte queda. "A taxa acumulada em 12 meses que havia sido negativa desde abril de 2020 até a de abril deste ano, continua crescendo a taxas crescentes e em novembro foi positiva em 4,4%, indicando para este ano uma taxa de crescimento do PIB em torno desta", apontou.

Segundo o indicador, o consumo das famílias no trimestre móvel cresce a taxas decrescentes desde junho, se comparado ao mesmo período do ano anterior, quando a alta tinha sido de 10,5%.

No trimestre encerrado em novembro essa taxa ficou em 0,9%. O componente de serviços, pelo segundo mês seguido, foi o único a apresentar avanço. "Na série com ajuste sazonal, o consumo das famílias apresentou retração de 0,8% em comparação ao trimestre anterior, salientando perda de força", apontou o Monitor do PIB.

 

*Com informações da Agência Brasil