Ademi-Ba afirma que vacinação contra Covid-19 também salvou mercado das salas comerciais
Cláudio Cunha, presidente da entidade, analisa de forma positiva o atual momento dos escritórios
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Com a pandemia de Covid-19, que mudou a rotina do Brasil desde março de 2020, muitas salas e prédios comerciais ficaram vazias ou com menor ocupação, com a consolidação do modelo home office. Agora, já em 2022, várias empresas ainda mantêm o trabalho remoto ou o formato híbrido.
Entretanto, o cenário não assusta o presidente da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi-BA), Cláudio Cunha. Em conversa com o Portal M!, ele analisou o quadro atual do mercado deescritórios presenciais de forma positiva.
"Várias atividades necessitam ocorrer de forma presencial, principalmente com a retomada da economia, além de sabermos da importância do convívio social. Com a pandemia, ocorreram algumas mudanças comportamentais, bem como o desenvolvimento e crescimento da tecnologia, a citar a inteligência artificial, que impactaram nos escritórios trazendo uma nova demanda", explicou o presidente da Ademi-BA.
Ele admite que houve uma retração no início da pandemia e, ao longo do tempo, uma "adequação funcional para atender a nova realidade".
"É natural que, no momento mais difícil da pandemia, do enfrentamento do desconhecido e do distanciamento, as empresas fecharam suas sedes ou diminuíram a presença física. Os lares passaram a atender todas as nossas atividades: trabalho, estudos, confraternizações. Esse cenário modificou e fez com que todos reavaliássemos as nossas rotinas", disse.
Para Cláudio Cunha, "à medida que a vacinação aumentou e o tratamento tornou-se conhecido, o retorno aos escritórios aconteceu".
Presidente do Secovi-BA concorda
Kelson Fernandes, presidente do Sindicado da Habitação (Secovi-BA), compartilha da mesma opinião. Ele garante que o futuro do mercado imobiliário é promissor.
"Com absoluta certeza, continuo dizendo que o melhor investimento que existe, em qualquer lugar do mundo, é em imóveis, sejam eles comerciais, residenciais ou mistos", explicou.
Para comprovar a sua afirmação, Kelson explica que o home office não supre todas as necessidades de uma empresa.
"Posso te garantir que tem muita gente voltando a trabalhar em suas instalações físicas como antigamente, pois você passa a ter um controle melhor, uma possibilidade de atendimento ao seu público com mais velocidade", justificou.
Para concluir, o presidente do Secovi-BA avisa que "devagarinho, o mercado vai se ajustando, os imóveis voltam a ser rentáveis e a ter suas locações normais".
Quando questionado se existe lugar para home office e escritórios comerciais, ele responde: "Não tenho a menor dúvida. [...] A gente já sente que há um movimento de procura melhor [de escritórios] e, logo logo, com a economia andando, se a gente não tiver novos problemas pela frente, vamos ter, com certeza, todos esses prédios locados".
Kelson Fernandes, presidente do Secovi-BA. Crédito: Divulgação.