Sem Auxílio Brasil, cresce pressão por renovação do auxílio emergencial

Integrantes da equipe de Bolsonaro e lideranças do Congresso defendem prorrogação; equipe econômica rejeita proposta

Por Redação
14/10/2021 às 09h17
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Foto: Wilson Dias/Agência Brasil
Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

A apenas 18 dias do fim do Auxílio Emergencial concedido durante a pandemia de covid-19, o clima na equipe econômica é de tensão e enfrentamento para impedir nova prorrogação do benefício. As informações são do jornal Estado de S.Paulo.

A medida é defendida por auxiliares do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e lideranças do Congresso, enquanto o governo não tira do papel o novo Auxílio Brasil, que vai substituir o Bolsa Família.

Os principais auxiliares do ministro da Economia, Paulo Guedes, já avisaram em reuniões internas e com representantes do mercado financeiro que não assinam a prorrogação do auxílio por meio de novo crédito extraordinário.

Isso possibilitaria que as despesas ficassem fora do teto de gastos (a regra prevista na Constituição que fixa um limite anual de despesas com base na variação da inflação).

Um cenário de ruptura na equipe econômica não é improvável, e passou a ser incorporado por analistas do mercado financeiro depois que o secretário especial de Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal, em encontro fechado, deixou claro que não assinará uma prorrogação do auxílio. A assinatura dele é necessária para a edição do crédito extraordinário.

Como o auxílio ficaria fora do teto, a prorrogação do benefício, na prática, liberaria mais espaço no Orçamento para recursos destinados a emendas parlamentares. 

Em avaliação no Congresso, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que altera os pagamentos dos precatórios já aumenta em mais de R$ 50 bilhões o espaço para novos gastos em 2022.