Gravidez precoce cai 34,1% na Bahia, diz Pedro Godinho

Ex-vereador destaca, porém, que ainda ocorrem diariamente cerca de 1.150 nascimentos de filhos de adolescentes no Brasil

Por Redação
12/10/2021 às 20h40
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Foto: CMS
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O ex-vereador de Salvador, Pedro Godinho, afirma que a gravidez precoce caiu na Bahia em 20 anos. Ele informa que a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) apontou queda de 34,1% nos índices de gestação na adolescência no estado.

"Dados da DataSUS/Sinasc dizem que, em cada dia, ocorrem cerca de 1.150 nascimentos de filhos de adolescentes em todo Brasil, o que lamentamos por acharmos um índice ainda muito elevado", afirma.

O ex-vereador aponta um levantamento feito por ele, através de estudos da secretária da Comissão Nacional Especializada em Ginecologia Infanto Puberal da Febrasgo, Denise Leite Maia Monteiro, sobre o número de nascidos vivos e a taxa de fecundidade por idade específica de meninas de 15 a 19 anos, entre 2000 e 2019.

"No primeiro ano observado, a gestação infantil atingiu 77,4 meninas em cada mil. Em 2019, esse índice caiu para 51 meninas em cada mil. De acordo com a Dra. Denise Monteiro, houve uma redução média no Brasil na ordem de 40,7% de nascimentos vivos de mães adolescentes", aponta.

Conforme Pedro Godinho, cada estado, no entanto, apresentou uma realidade distinta variando de 17,4% no Maranhão a 56,1% no Distrito Federal.

O número de nascidos vivos de mães adolescentes no Sudeste e Sul é menor no país, o que, segundo ele, demonstra tendência inversamente proporcional ao Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).

"O Instituto Brasileiro de Pesquisa e Estatística (IBGE) nos mostra que as regiões Sul e Sudeste apresentam o maior IDH do País. Apesar de importante evolução, o cenário da  gestação adolescente continua preocupante. A Dra. Denise explica que a gravidez na adolescência está associada à evasão escolar, maior perpetuação da pobreza, gerando impactos pessoais, sociais e econômicos", explica.

Outro agravante, de acordo com o ex-vereador, é na esfera da saúde. A graviez precoce acarreta inúmeras consequências para a adolescente e o recém-nascido, pois "há o alto risco de adquirir uma eclâmpsia, endometrite puerperal, infecções sistêmica e prematuras, segundo a OMS".