Medicamento da AstraZeneca reduz mortes e casos graves de covid-19, diz farmacêutica

Coquetel de drogas experimentais está na terceira fase de testes

Por Flávio Gomes
12/10/2021 às 08h20
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Foto: Reuters / Reprodução Agência Brasil
Foto: Reuters / Reprodução Agência Brasil

A farmacêutica AstraZeneca anunciou, na segunda-feira (11), que obteve resultados positivos em testes de fase três do um novo coquetel de drogas no tratamento contra a Covid-19. O medicamento, que é uma combinação de anticorpos de longa ação (LAAB, na sigla em inglês), foi batizado de AZD7442.

De acordo com a empresa britânica, houve uma redução "estatisticamente significativa" de casos graves ou mortes em pacientes não-hospitalizados que usaram medicamento na comparação com quem usou placebo. As informações são da Agência Brasil. 

"O ensaio atingiu o desfecho primário, com uma dose de 600 miligramas (mg) de AZD7442 administrada por injeção intramuscular (IM), reduzindo o risco de desenvolver covid-19 grave ou morte (por qualquer causa) em 50% em comparação com o placebo em pacientes ambulatoriais com sintomas de sete dias ou menos", publicou.

A pesquisa registrou poucos eventos adversos no braço dos pacientes. Foram 18 ocorrências entre 407 que tomaram o AZD7442 e 37 no braço de quem tomou placebo, de um total de 415. O LAAB foi geralmente bem tolerado no teste, enfatizou a companhia.

Ainda de acordo com o comunicado, o teste foi randomizado, duplo-cego, controlado por placebo, e avaliou a segurança e eficácia de uma dose única de 600 mg intra-muscular de AZD7442 em comparação com um placebo.

O estudo foi conduzido em 96 locais, como  Brasil, República Tcheca, Alemanha, Hungria, Itália, Japão, México, Polônia, Rússia, Espanha, Ucrânia, Reino Unido e Estados Unidos da América (EUA).

Ao todo, envolveu 903 participantes, entre os que receberam o medicamento e o placebo.

Os participantes eram adultos de 18 anos mais que não estavam hospitalizados e tiveram com covid-19 nas formas leve a moderada e sintomáticos há sete dias ou menos. Aproximadamente 13% dos participantes tinham 65 anos ou mais.