Vixe!! Rui pode se licenciar para coordenar campanha de Lula. E se a estratégia de ACM Neto não se sustentar na campanha?

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Por Osvaldo Lyra e equipe
06/10/2021 às 06h45
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Foto: Arte: Haron Ribeiro
Foto: Arte: Haron Ribeiro

Favoritismo de Lula puxa Wagner

No núcleo duro do PT, a avaliação é que a situação do senador Jaques Wagner como candidato a governador é muito mais confortável do que a do ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, do Democratas. O entendimento dos petistas é que a candidatura do ex-presidente Lula e o favoritismo dele para vencer a disputa ao Planalto impulsiona a candidatura de Wagner na Bahia.


Lula e Wagner 

A aposta do PT

Sem contar na boa avaliação do governo Rui Costa, a aposta no PT é que o dirigente nacional do DEM terá muitas dificuldades para superar, sobretudo, a falta de um candidato a presidente da República que seja realmente competitivo. Isso, diferente do senador do PT que será beneficiado pelo ex-presidente da República.

ACM Neto

E se a estratégia de Neto não se sustentar?

Entre os petistas, a estratégia pregada pelo candidato do DEM ao governo, de liberdade na campanha e o não alinhamento a nenhum candidato à presidência, não se sustenta até lá. Por mais que os números das pesquisas mostrem isso hoje, com uma predileção da população por Neto ao governo e Lula ao Planalto, a força do voto casado se sobrepõe durante o processo eleitoral. Entre os petistas, a ironia fica ainda mais acentuada ao questionarem em qual ou quais palanques o democrata vai subir em 2022.

Wagner, Lula e Rui

Como será na campanha?

ACM Neto participará de todas as atividades de campanha dos presidenciáveis aliados ou se manterá distante dessas ações na capital e no interior da Bahia? "Na política, isso não é um cenário positivo. Um movimento completamente paradoxo ao de Lula, que só cresce e puxará o seu candidato do PT no estado", como avaliou ontem um integrante da cúpula petista.


Rui Costa

Rui se licenciará para coordenar campanha de Lula

Uma informação chegada à Coluna Vixe dessa semana abre um leque de possibilidades sobre a arrumação da chapa governista na Bahia em 2022. Ao invés de o governador Rui Costa renunciar ao mandato em abril, a expectativa é que ele dê entrada em um pedido de licença, sem remuneração, por seis meses, na Assembleia Legislativa, para que possa assumir como coordenador político da campanha de Lula no Nordeste. Esse arranjo, inclusive, teria sido discutido entre o governador e o ex-presidente no último domingo, em Brasília, já que a expectativa é que cada região do país tenha um coordenador político auxiliando na disputa.

João Leão 

Leão e o sonho de ser governador

Calma, o vice-governador João Leão não deverá bater chapa com o senador Jaques Wagner. A expectativa é que a licença de Rui do cargo de governador, por seis meses, resolva vários problemas na campanha governista. O fato de ele não precisar renunciar fará com que Leão sente na cadeira de governador de abril a outubro. Por isso é que o "bonitão" propaga pelos quatro cantos que será governador, num indicativo de que o processo de negociação já estaria em curso e bastante avançado. Nesse cenário, inclusive, confirma a possibilidade de termos Wagner ao governo, Otto no Senado e Roberto Muniz (ou outro nome do PP) na vice.

Luiza Helena Trajano 

E quem estará na vice de Lula? 

Por mais que ela diga que não, a empresária Luiza Helena Trajano é o sonho de consumo do ex-presidente Lula para ser sua companheira de chapa em 2022. Nove entre dez petistas dizem que a presidente do Conselho de Administração da Magazine Luiza seria estratégica para acalmar os ânimos do marcado e chancelar a candidatura do petista junto ao setor produtivo do país. Isso, da mesma forma que aconteceu na época do ex-vice-presidente José de Alencar. Caso não seja a Trajano, especula-se que possa ser outro empresário que represente a força do PIB brasileiro. Há quem diga ainda que se não for da iniciativa privada, o nome pode sair até mesmo do PSDB.

Eduardo Leite

Um tucano na vice do PT?

Como assim? Um tucano na vice de Lula? Para uns, isso pode parecer ser devaneio demais. Para outros, não. Quem circulou em Brasília nos últimos dias disse que não está descartada a possibilidade de o vice de Lula ser um tucano, como o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, do PSDB. Hoje, há um ano da eleição, esse cenário pode parecer esdrúxulo. Mas, após as conversas estabelecidas entre o cacique petista e o ex-presidente FHC, nada pode ser descartado para derrotar o atual presidente Jair Bolsonaro. Leite é um governador bem avaliado, do sul do país, gay assumido, que agregaria valor à chapa petista.


Alexandre Aleluia 

Aleluia ataca Otto e defende Bolsonaro

Após o senador Otto Alencar (PSD) ter afirmado ao Portal M! que a CPI da Covid terá um relatório pesado contra o presidente Jair Bolsonaro, coube ao vereador de Salvador, Alexandre Aleluia (DEM), rechaçar o comentário do senador baiano. Ao M! Otto disse no final de semana que "prevaricação é o principal crime sanitário, previsto no artigo 268 do Código Penal", e que o relatório final do senador Renan Calheiros "vem pesado em cima dele e de todos os negacionistas". Em suas redes sociais, Aleluia, que deverá tentar uma vaga na Câmara Federal no próximo ano, disse que o único peso que ele enxerga nesse momento era que a "Bahia teve que carregar por conferir oito anos de mandato de senador para esse sujeito", disparou.

 

João Roma

Roma descarta recuo de Bolsonaro 

O ministro da Cidadania, João Roma, do Republicanos, tratou de chamar de "especulação maldosa" a informação de que o presidente da República, Jair Bolsonaro, não tentaria a reeleição no próximo ano. Em entrevista à Tribuna da Bahia, no final de semana, Roma disse que isso não passava de especulação "daqueles que têm medo da sinalização das ruas". "O presidente é recebido com muito carinho por onde passa. A resposta a essas especulações está sendo dada pelas ruas, pelo apoio popular massivo que o presidente tem recebido", disse Roma, que deverá ser candidato ao governo para defender o legado do presidente no estado em 2022.


Mário Frias e Gilson Machado

O forrozeiro e o ex-ator

O ministro do Turismo, Gilson Machado, era unha e carne com o secretário da Cultura do governo federal, o ex-ator da Globo, Mario Frias. Eles sempre faziam viagens e cumpriam agendas juntos, como ocorrido nas visitas de ambos à Bahia. No entanto, o clima entre os dirigentes parece ter começado a esquentar, a ponto de o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ter precisado intervir para apaziguar os ânimos entre eles há duas semanas. Segundo noticiou o Globo, o presidente, irritado com a situação, ordenou que os dois calassem a boca. A confusão estaria sendo motivada por divergências na condução da pasta, já que a Secretaria é subordinada ao Ministério do Turismo. Pelo que se comenta em Brasília, o ex-ator da Globo estaria querendo mais autonomia para tocar sua pasta, fato que estaria contrariando seu ex-aliado, o forrozeiro.



Rui e Leão se observam

Por mais que diga quem não, o clima entre o governador Rui Costa e seu vice João Leão não é mais o mesmo há muito tempo. Segundo informação chegada à Coluna Vixe, o petista teria usado o episódio do rompimento do deputado estadual Robinho para medir o nível de lealdade do seu vice. Pelo que se fala na Governadoria, Rui teria deixado a cisão acontecer para medir a reação do "bonitão". "Ele usou o episódio de Robinho para saber em que lado Leão estava", contou ontem um governista com bom trânsito pelo governo estadual. Como Leão não colocou panos quentes e partiu para a defesa do governo do PT, parece que as rusgas foram minimizadas.

Ronaldo Carletto 

Invasão de bases

Com o rompimento do deputado estadual Robinho, movimentações começaram a acontecer na tentativa de invadir suas bases eleitorais, o que deverá fazer com que a vida do ex-progressista seja ainda mais difícil em 2022. O detalhe é que, no mesmo dia em que Robinho anunciou o rompimento, o seu deputado federal Ronaldo Carletto esteve na Governadoria. Pelo que se comenta por lá, ele está totalmente alinhado com a articulação política do governo, aproveitando para auxiliar na atração de novos aliados para seu sobrinho Neto Carletto, além do deputado estadual Rosemberg Pinto, que também estaria articulado essa reação contra o ex-governista do PP.

Deputado Robinho

Peixe fora d'água 

E por falar no deputado Robinho, ele parecia um verdadeiro peixe fora d'água na última passagem do presidente Bolsonaro por Teixeira de Freitas. Vestido com uma camisa Dudalina, com as cores do Brasil, o progressista desfilou pela cerimônia como um ilustre desconhecido, após ter rompido com o governo do PT. Quem viu a cena disse que o prejuízo promete ser grande para o ex-governista.



Marcelo Nilo

A situação de Nilo e Marcelinho 

Pelo que se comenta no PSB, o deputado federal Marcelo Nilo não terá vida fácil para eleger o deputado estadual Marcelinho Veiga. Diferente das eleições anteriores, em que levou o genro a reboque, agora ele terá que se desdobrar para fechar novas alianças e garantir o próprio mandato em Brasília. O temor é que ele precise ampliar os apoios, já que a situação no partido se complica, diante do risco de ele ou a deputada federal Lidice da Mata ficar sem mandato no próximo ano, já que o partido pode eleger apenas um deputado federal em 2022.


Marcelinho Veiga

Reeleição ameaçada

O nervosismo de Nilo já vem sendo notado pelos aliados mais próximos e pelo próprio genro, que começa a ver a ameaça real de não se reeleger. Há quem diga que, após as desavenças com o governador Rui Costa, Nilo tenha começado a se reaproximar do governo. "Tanto que até mesmo do governador ele parou de falar mal", como disparou ontem um aliado malicioso.