Ciro Gomes confirma conversas com ACM Neto, mas diz que a apoio político não foi fechado ainda

Em coletiva ele também mencionou o nome do senador Jaques Wagner ao criticar mais uma vez o PT

Por Jones Araújo
10/06/2021 às 18h45
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Foto: Agência Brasil
Foto: Agência Brasil

Em coletiva de imprensa, realizada nesta quinta-feira (10),  em Salvador, o pré-candidato a presidência da República, Ciro Gomes (PDT), disse que não há nada certo referente ao apoio ao ex-prefeito de Salvador ACM Neto (DEM), que deve sair candidato ao governo do estado nas eleições de 2022.

"Não há nada fechado com ninguém", afirma o pedetista. No entanto, ele confirma estar conversando com o ex-prefeito de Salvador, sobre o "futuro do Brasil", mas garante que o martelo ainda não foi batido. "Temos conversado sobre o Brasil e sobre o futuro do país, nossa idealização [a do PDT] é montar uma ampla aliança de centro-esquerda", diz Ciro.

Na prática, de acordo com o político, a tal aliança de centro-esquerda seria montada com PSB, PDT, PV, Rede, DEM. "Não sei se vou conseguir. Nossa coalização ganhou seis capitais [nas últimas eleições]", disse o pedetista que promete, caso seja escolhido pelo PDT como candidato a presidência e se eleito, oferecer um reforma no país nos seis primeiros meses de gestão.

"Dessa vez estou sentindo que as coisas amadureceram na minha direção. Estamos tentando construir para o povo brasileiro um caminho, não uma volta para o passado. O PT governou o Brasil por quatro eleições, não fizeram uma reforma", comenta Ciro ao criticar o Partido dos Trabalhadores.

Jaques Wagner

O PT não foi citado na aliança centro-esquerda de Ciro Gomes. A sigla "não parece fazer parte da solução" para o Brasil, de acordo com Gomes. Na coletiva, ele mencionou ainda o possível candidato ao governo da Bahia, legenda, o senador Jaques Wagner (PT).

"O PDT ajudou o Wagner nos dois mandatos, ajudou Rui Costa [governador da Bahia] e não estamos arrependidos, queremos voltar para o futuro e o PT não parece fazer parte da solução.  [São] 10 anos de crescimento zero, 6 anos foram puxados pela Dilma e pelo PT. A riqueza que o Brasil tem hoje é o equivalente a 2012. A crise brasileira é estrutural, muito grave. Qual foi o modelo econômico que experimentamos esses anos todos? Igual, muda só à perfumaria", finaliza.