Vixe! O novo palanque de Bolsonaro na Bahia e o apetite do PP

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Por Equipe Portal Muita Informação
19/05/2021 às 07h12
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Foto: Arte Haron Ribeiro
Foto: Arte Haron Ribeiro

Palanque de Bolsonaro

A ida do deputado federal Elmar Nascimento do DEM para o PSL abre uma nova possibilidade de palanque para o presidente Jair Bolsonaro na Bahia. A maioria dos atores da política aposta que o ministro João Roma seja pressionado a assumir uma candidatura ao governo. No entanto, o poderoso ministro estaria querendo mesmo era garantir sua reeleição para a Câmara Federal.

Alternativa
A chapa com ACM Neto para o governo do estado deve apoiar a candidatura de Ciro Gomes ao Palácio do Planalto, mas, uma costura feita em Brasília, pode garantir Elmar na vaga ao Senado de Neto, abrindo assim, um palanque para Bolsonaro através do PSL no estado.

Estrutura
É consenso que o presidente da República precisa de estrutura política e espaço para transitar e defender seu legado na Bahia. Mas já há a compreensão de que esse espaço não seja, necessariamente, através de um nome ao governo. O candidato ao Senado pode assumir essa missão.



Promessa alta 

No acordo para assumir o comando do PSL na Bahia, o deputado federal Elmar Nascimento teria prometido 60 mil votos para atual dirigente da sigla, Dayanne Pimentel. Elmar quer abocanhar o partido para se viabilizar na vaga ao Senado de Neto.

Entrega baixa

O detalhe é que o parlamentar do DEM não consegue entregar se quer 30 mil votos para Pimentel, o que faz com que pessoas próximas a ela refutem a tese do acordo, já que a transferência dos votos não depende apenas da vontade de quem faz a oferta.

 

Situação delicada

Há quem diga que a situação de Dayanne Pimentel é uma das mais complicadas entre os atuais deputados federais com mandato pela Bahia. Sem o comando do milionário Fundo Partidário e o apelo do presidente Jair Bolsonaro, que garantiu sua vitória na eleição de 2018, ela pode ter muita dificuldade para renovar o mandato e permanecer em Brasília.

O resultado em Salvador

O desempenho pífio da última eleição, em Salvador, em que seu marido, Alberto Pimentel, perdeu a vaga na Câmara Municipal para o Gordinho da Favela, fez com que muitos olhassem para o casal do PSL de forma enviesada.

 

O futuro de Maia

Faz bem o ex-prefeito ACM Neto em não dar trela a Rodrigo Maia. Logo ele vai se afogar na própria insignificância. E no próximo ano não deve amealhar nem perto dos 70 mil votos que lhe deram o atual mandato. Vai acabar assessor do pai, César Maia, na Câmara de Vereadores do Rio.



Abre o olho, Neto

Tem gente ligada ao DEM afirmando que o ar de soberba que ACM Neto tem, ao impor uma certa distância ao tratar com correligionários, não gera mais simpatia nem compromissos duradouros. "Tratar parceiros como serviçais também não ajuda na construção de uma liderança". Pelo que se comenta a boca pequena no grupo, ele terá que se penitenciar e mudar - para não ser abandonado até por diletos amigos. Outra alternativa é gastar dinheiro financiando carreiras políticas de correligionários.



Coronel premiado?

Petistas "raiz" escondem o rosto com a mão espalmada e baixam o tom de voz quando falam do "companheiro" Ângelo Coronel, que elegeram para representar a Bahia no Senado. Desconfiam até que ele teria feito um acordo com lideranças bolsonaristas no Congresso Nacional. E por isso, a informação que corre em Brasília é que ele teria sido premiado com uma bolada de R$ 15 milhões em emendas no "orçamento secreto" para distribuir com seus prefeitos aliados.

O pulo do gato

Um dos petistas rebeldes advertiu: "Não será surpresa se ele resolver investir num mandato para Eleusa na Câmara Federal". Segundo outro petista "raiz", o senador deve se inspirar na história do deputado "coronel" Manoel Novais, o "vice-rei do São Francisco" (que cumpriu mandatos de 1933 a 1987). Novais, apontado como o último "coronel' do sertão, para ter a mulher, Necy Novais, por perto, a elegeu deputada federal para três mandatos: 1962, 1966 e 1970. Agora, Coronel quer fazer o mesmo. O teste aconteceu na última eleição, quando ela disputou a vaga de vice na chapa de Isidório.

 



Entre tapas e beijos 

Quem acompanha o atual climão entre Netinho e Manno Góes - e não está familiarizado com a história da axé music - nem desconfia que eles eram amigos e... sócios! Netinho era apaixonado pelo som da banda Jheremmias Não Bate Córner, capitaneada por Manno e Tuca Fernandes, e virou parceiro do grupo com a ME, empresa sua e de Misael Tavares.
Um pulo para o rompimento

O caldo começou a entornar justamente depois de Mila, que estourou na voz de Netinho. Manno subia pelas paredes quando o "amigo" monopolizava os holofotes e "esquecia" de lhe dar o crédito pela autoria da música. Daí para o rompimento foi um pulo. Hoje nem pense em chamar o bolsonarista e o petista para a mesma fila do acarajé antes do bloco sair - é nitroglicerina pura!


Conselhos a Alden

Desde que provocou uma crise com os deputados de oposição na Assembleia Legislativa da Bahia, devido às declarações de que os integrantes do bloco de oposição teriam recebido R$ 1,6 milhão da Prefeitura de Salvador, o deputado estadual Capitão Alden (PSL) foi aconselhado por parlamentares do próprio grupo a submergir.

Calado

A orientação é que ele permaneça calado, para evitar falar novas asneiras e, assim, ver sua pena em apreciação no Conselho de Ética ser mais drástica do que previsto. Entre a galera do "deixa disso", a tese é que Alden receba advertência ou no máximo uma suspensão. No entanto, caso fale de novo, pode ter o mandato cassado pelos próprios pares.

 


Os caminhos do PP

Um dos questionamentos que volta e meia entram na pauta da política é o caminho que o Partido Progressista adotará na próxima eleição na Bahia. Muitos dizem que o aumento do espaço da sigla funcionaria como uma amarra, colocada pelo governador Rui Costa nos seus aliados, para evitar que rompam lá na frente e caiam nos braços do ex-prefeito ACM Neto.

Apetite voraz

Um aliado próximo do governador disse que o apetite voraz dos progressistas não dá garantia alguma a Rui e ao PT de que se manterão na base aliada até o fim e não mudarão de lado. Falando do PP, realmente só o tempo e o jogo da política para dizer...

Construção da candidatura

O entendimento no entorno do democrata ACM Neto é que os partidos de Otto Alencar (PSD) e de João Leão (PP) não participarão da construção da candidatura do presidente nacional do DEM. No entanto, muitos dizem que, ao se aproximar da eleição, um desses partidos (mais fácil o PP) possa se movimentar para o lado oposto, caso haja um indicativo da vitória do democrata.

 


Multiplicadores

O otimismo no entorno de ACM Neto se mantém grande devido às pesquisas de opinião feitas para consumo interno. O fato de o PP e o PSD controlarem 204 prefeituras não dá a garantia de que todos serão multiplicadores do projeto petista.

Braços cruzado

A conversa que corre nos bastidores é que muitos prefeitos que hoje estão próximos aos petistas cruzarão os braços, caso o candidato seja mesmo o senador Jaques Wagner. A máxima da política é que os prefeitos vão para o lado de quem acham que vai ganhar...



A sombra de 2008 

A aposta dos partidos que gravitam no entorno de ACM Neto é que a vaga de vice fique entre o Republicanos e o PDT. No rol de suposições, um que parece estar fora do jogo é o atual presidente do partido, bispo Marcio Marinho. Pessoas próximas ao democrata dizem que Neto teria receio de repetir a presença de Marinho na chapa, temendo ver repetida a derrota que foi para a Prefeitura de Salvador em 2008.

Novo no partido

A vaga até pode ficar para o partido ligado à IURD, mas, para isso, teria que filiar outro nome, como o de Guilherme Bellintani, que pode ocupar o posto pelo Republicanos ou até mesmo pelo PDT. O secretário Léo Prates já abriu as portas do partido para o presidente do Bahia.

Idade pesa

Até mesmo o ex-prefeito José Ronaldo chegou a ser aventado, mas isso esbarraria na contradição do discurso de renovação na política que ACM Neto deve apresentar em 2022, contra a chapa veterana do PT, PSD e PP.




Ruptura petista

Um rompimento no PT que muita gente não sabe é entre o deputado federal Valmir Assunção e o vereador de Salvador, Suíca. Até a eleição de 2018 eles eram unha e carne. No entanto, por desentendimentos políticos, ficaram estremecidos e não leem mais na mesma cartilha. Segundo o vereador, o respeito pela liderança do MST continua, mas ele não quer nenhuma relação além disso.

 

Picado pela cobra

O presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, afirmou, na última semana, que não havia prazo para a chegada de insumos para produção da Coronavac no Brasil. A expectativa inicial era de que os insumos fossem liberados pela China na última quinta (13) e chegassem essa semana. Mas, segundo Dimas Covas, os chineses desmarcaram a entrega e só depois forneceram um novo prazo.

Conta alta

Há quem diga que quem pagará essa conta será o governador de São Paulo, João Dória, que poderia assumir o posto de "pai da vacina", mas viu sua estratégia naufragar.