Sem vacinação em massa, presidente da ABIH-BA se mostra cético quanto à recuperação do setor hoteleiro em 2021

Convidado desta edição do podcast do Portal M!, Luciano Lopes cobrou negociação de tributos com estados e municípios

Por Francisco Artur e Osvaldo Lyra
15/05/2021 às 13h00
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Foto: Divulgação/ABIH
Foto: Divulgação/ABIH

Mesmo com a flexibilização do decreto de toque de recolher na Bahia - que libera, entre outros pontos, o funcionamento de espaços culturais e centros de convenções -, o presidente da seção Bahia da Associação das Indústrias de Hotéis do Brasil (ABIH-BA), Luciano Lopes, mostra-se cético quanto à  recuperação do setor ainda neste ano.

"A flexibilização nas medidas restritivas é boa para o turismo e a economia do estado, mas não será crucial para recuperar os hotéis, já que notamos que a reabertura pode gerar um aumento de casos da Covid, gerando uma terceira onda da doença. E isso teria como consequência um novo fechamento do comércio", avaliou o representante da ABIH.

Luciano Lopes participou da edição do podcast do Portal M! Em entrevista ao editor-chefe Osvaldo Lyra, ele reforçou que a vacinação contra o novo coronavírus será a única solução para criar um ambiente favorável à recuperação do turismo no estado.

"O Brasil precisa acelerar a aquisição das vacinas. A quantidade de pessoas imunizadas ainda é muito baixa. Só temos como retornar de forma efetiva com a vacinação em massa. Nós projetamos, portanto, que a recuperação econômica do setor só deve ocorrer no primeiro semestre do ano que vem", calculou.

O quadro atual é grave e traz preocupação ao setor hoteleiro. De acordo com o presidente da ABIH, a ocupação média nos hotéis baianos é de 20%. "A estratégia para este ano, pelo menos, é estabilizar este dado em 40%", completou Luciano Lopes.


Diálogo e negociação

Diante da crise sanitária e das dificuldades de manter o funcionamento dos hotéis, ele destacou a necessidade de os estados e municípios estarem abertos ao diálogo e à negociação de tributos. 

"Adotamos a medida federal de diminuição de jornada, assim como nas negociações de impostos como o IPTU e o ISS da prefeitura. No campo estadual, defendemos a redução de taxas e a possibilidade de obter parcelamento na cobrança de impostos", explicou. 

 

Confira o podcast abaixo