Polo Agroindustrial e Bioenergético avança na Bahia

Segundo a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, a evolução que já pode ser vista no Médio São Francisco da Bahia

Por Flávio Gomes
26/02/2021 às 11h34
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Foto: Divulgação
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A evolução do Polo Agroindustrial e Bioenergético baiano já pode ser vista no Médio São Francisco da Bahia. Segundo a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), o primeiro empreendimento sucroalcooleiro em implantação, a Fazenda Serpasa, do Grupo Paranhos, já tem 12 pivôs de 110 hectares (ha) em operação, uma área de 1,3 mil ha de cana de açúcar plantada e as obras da usina estão avançadas.

Ainda segundo a SDE, a previsão é que a primeira moagem tenha 400 mil toneladas de cana e ocorra no segundo semestre de 2021. Também estão aceleradas a implantação da Fazenda Escola Modelo CEEP Águas, que vai capacitar mão de obra da região, e a construção da ponte que liga Barra à Xique-Xique.

"Nós queremos produzir açúcar e álcool, pois importamos 90% e 80% respectivamente de cada produto. Precisamos produzir e gerar emprego. No início de tudo, contratamos a Ridesa e a Universidade Federal de Alagoas e fizemos as primeiras experiências, que tiveram resultados excepcionais, na Fazenda Serpasa, com uma produtividade média esperada de 300 toneladas/há", disse o vice-governador João Leão (PP).

"Costumo dizer que o Grupo Paranhos é o nosso 'quebra-gelo', acreditou no projeto e está avançando em concretizá-lo", completou.

Leão explicou ainda que, além dos Paranhos, a Bevap Bioenergia já assinou protocolo de intenções para instalar a segunda usina sucroalcooleira no Polo.

"Visitei recentemente usinas de açúcar e etanol de Pernambuco e Alagoas, na semana passada, em busca de novos investidores. Queremos montar, no mínimo, 10 usinas sucroalcooleiras", ressalta.

A previsão da SDE é que sejam instalados 15 empreendimentos agrícolas, pecuários e agroindustriais no Polo Agroindustrial e Bioenergético do São Francisco. Já estão em implantação também os projetos de grãos Barracatu e Canto da Salina e agropecuário Euroeste e Cativa Agroindustrial, todos em Barra.

O Grupo Paranhos, que está implantando a primeira usina do projeto, tem a perspectiva de gerar 1 mil empregos diretos e 3 mil indiretos, na primeira safra. Além de 300 empregos na indústria e 700 empregos no campo. Atualmente gera cerca de 500 empregos em todo o empreendimento.

A usina terá capacidade instalada para moer 2 milhões de toneladas de cana e 300 mil litros de etanol por dia, além de produzir etanol hidratado e anidro.