Liberação de novas parcelas do auxílio emergencial pode contribuir com a economia na Bahia, acredita Carlos Andrade

Presidente da Fecomércio-BA espera que eleições no Congresso não atrapalhem aprovação de novos benefícios

Por Osvaldo Lyra e Yuri Abreu
15/01/2021 às 12h41
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Foto: Divulgação
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O presidente da Fecomércio-BA, Carlos de Souza Andrade, viu no auxílio emergencial do governo federal um meio do comércio, no país como um todo, passar com menos aperto pela pandemia de Covid-19.

Em entrevista ao Portal M!, nesta sexta-feira (15), o dirigente afirmou que, na Bahia, o segmento encerrou com muita dificuldade, sendo as farmácias e os supermercados responsáveis para que impacto fosse um pouco menor.

"Os setores de lojas e de artigos supérfluos tiveram um desempenho ruim, porque ninguém quis sair", disse Andrade. "O setor de turismo foi um caos total. outros setores, a partir de setembro/outubro, já começaram a recuperar. O de material de construção deu uma alavancagem boa, o pessoal de móveis e decoração também começou alavancar. Até novembro, no geral, o retrato maior foi esse", afirmou.

Por isso, de acordo com ele, é importante que novas parcelas do auxílio emergencial sejam liberadas. Porém, isso vai depender dos trabalhos feitos por deputados e senadores que, neste momento, estão debruçados sobre as eleições para a presidência nas duas Casas.

"Tivemos essa ajuda do governo federal, com o auxílio emergencial. Mas a expectativa é saber se vai sair outra ajuda agora em janeiro, em fevereiro e em março. Será mesmo que esse dinheiro vai sair, com essa briga no Congresso, pela escolha da nova presidência. Isso interfere na gente, o que não é bom para o comércio", analisou.

"Se tiver essa ajuda, com o governo federal liberando mais R$ 300 ou R$ 600, durante três ou seis meses, eu acho que a gente vai se manter como está. Agora, se esse dinheiro não for liberado, vai fazer falta. Quem precisa fazer uma força maior são os homens que nós botamos lá, os deputados e senadores. Em outubro, a Bahia tinha sido o estado que mais recebeu o auxílio emergencial, depois de São Paulo, com R$ 17 bi. A Bahia é um estado com uma população pobre e a nossa renda per capta diz isso. Além disso, essa renda é muito concentrada na capital", acrescentou Andrade, manifestando preocupação com uma possível recessão e posterior desemprego.