Ferry afundado vai propiciar a formação de recifes artificiais

Ação visa implementar turismo subaquático

Por Redação
21/11/2020 às 13h06
  • Compartilhe
Foto: Camila Souza/Govba
Foto: Camila Souza/Govba

Com o afundamento assistido do ferry-boat Agenor Gordilho e do rebocador Vega, a Secretaria do Turismo do Estado (Setur) pretende promover e dinamizar o turismo náutico na Baía de Todos-os-Santos. As embarcações foram afundadas propositalmente, no fim da manhã deste sábado (21). Esta é a primeira vez que uma embarcação do tipo é afundada de forma proposital e com finalidade turística.

 De acordo com a Setur, o naufrágio assistido de embarcações propicia a formação de recifes artificiais, que favorecem o habitat marinho e se convertem em atrativo para visitantes. A expectativa é de que a embarcação esteja repleta de vida marinha em 12 meses.

As duas embarcações submergiram a uma profundidade de 36 metros, em frente ao Yacht Clube da Bahia. A expectativa é de que na próxima semana já sejam realizadas atividades de mergulho no local. O ponto de afundamento fica exatamente a 1,5 quilômetro da costa.

  "O turismo subaquático existe no mundo inteiro. Normalmente, as pessoas ficam mais dias na cidade que o de costume, gerando emprego e renda. Nós, que temos tantas diversidades e somos tão privilegiados, agora criamos um outro tentáculo, chancelando essa perspectiva de turismo subaquático",  destacou o secretário do Turismo do Estado, Fausto Franco.

Com 71 metros de comprimento e 19 metros de altura, o Agenor Gordilho fez a viagem inaugural no Sistema Ferry Boat no dia 5 de dezembro de 1972. A embarcação realizou a travessia Salvador-Itaparica durante 45 anos, até o fim de 2017. "Hoje é um dia de grande emoção para a Bahia e para nossa família. Vovô era um empresário, um visionário, um homem fantástico. Ele deu nome ao primeiro ferry-boat, que agora está se eternizando no fundo do mar. Meu avô está se eternizando num momento em que estamos alavancando um projeto de turismo no estado da Bahia", afirmou Claudia Gordilho.

Para viabilizar o afundamento, foram feitos estudos prévios de localização e de impactos ambientais. Óleos e combustíveis da embarcação foram removidos para atender às especificações ambientais, assim como peças que oferecessem riscos aos futuros mergulhadores.