Cresce consumo de aves, adoçantes e sanduíches na Região Nordeste, aponta pesquisa

Por outro lado, café, arroz e feijão continuam como os alimentos mais populares

Por Yuri Abreu
21/08/2020 às 12h04
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Foto: Montagem/Equipe M!
Foto: Montagem/Equipe M!

Uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada nesta sexta-feira (21), apontou que entre os anos de 2008 e 2018 os três alimentos mais populares no Nordeste se mantiveram os mesmos: café, consumido por 80,5% da população de 10 anos ou mais de idade na região; arroz, consumido por 80,0%; e feijão, por 57,3%.

Porém, a análise do consumo alimentar no Brasil, que faz parte da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), destacou que, nesse período, os itens perderam participação no consumo da população.

No caso do feijão, a queda na frequência de consumo passou de 67,1% para 57,3% da população do Nordeste (-9,8 pontos percentuais).  Já o café teve queda de 3 pontos percentuais (de 83,5% para 80,5%), e o arroz teve uma leve variação negativa no consumo, de 80,3% para 80,0% da população nordestina, entre 2008 e 2018.

Por outro lado, os alimentos que viram seu número de consumidores crescer mais na região foram, respectivamente, os adoçantes, as aves e os sanduíches.

Nos dois primeiros anos da pesquisa (2008-2009), os adoçantes praticamente não eram consumidos no Nordeste. Em 2017-2018, esse número  chegou a 8,2% da população, segunda maior percentagem entre as regiões, perdendo apenas para o Sudeste, onde 1 em cada 10 pessoas (10,2%) consumiu adoçantes no período.

O percentual de pessoas que consumiram aves também aumentou de forma significativa no Nordeste, de 29,7% em 2008-2009 para 37,4% em 2017-2018, maior percentual entre as cinco grandes regiões brasileiras. Nesse intervalo de tempo, as aves passaram de 8º para 6º alimento mais popular entre os nordestinos.

Os sanduíches aparecem em terceiro lugar entre os alimentos que mais ganharam consumidores no Nordeste. Em 2007-2008 eram consumidos por 4,4% das pessoas de 10 anos ou mais de idade na região (34ª posição entre os 101 alimentos pesquisados). Dez anos depois já eram consumidos por 1 em cada 10 nordestinos (11,2% da população), ficando como 18o alimento mais popular.