OMS incentiva doações de sangue durante pandemia

Em todo o mundo, os estoques estão abaixo do nível de segurança 

Por Redação
14/06/2020 às 23h00
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Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

No Dia Mundial Dia Mundial de Doação de Sangue (14 de junho), a Organização Mundial da Saúde (OMS) destaca a necessidade de reforçar os estoques dos bancos de sangue. Há registros de desabastecimento em escala mundial por causa da quarentena gerada pela pandemia de Covid-19. Segundo dados do Ministério da Saúde, no Brasil a coleta de bolsas de sangue de 450ml caiu 2,5% nos últimos 4 anos, embora a necessidade de transfusões tenha aumentado.

Depois de um aumento nas doações no mês de abril, os bancos de sangue de todo o país registraram uma queda de 30% em volume no mês de maio. A situação é emergencial para os tipos O positivo e O negativo e crítica para o tipo A.

Dante do cenário, o Ministério da Saúde lança a campanha "Seja solidário. Doe Sangue. Doar é um ato de amor". A nota de lançamento diz que a margem de segurança entre estoque e demanda gerou um alerta no sistema de saúde. "O Brasil trabalha com margens de segurança para atender aumentos bruscos ou quedas inesperadas nas doações. Porém, a redução desta distância entre uso e disponibilidade de sangue é um alerta", relata o documento.

Em redes sociais, a OMS e seu diretor-executivo, Tedros Adhanom Ghebreyesus, publicaram uma série de apelos pela doação constante e pela conscientização da necessidade de sangue de qualidade como componente essencial dos sistemas de saúde. "Nossa mensagem é: continue doando sangue e salvando vidas. Doar [sangue] durante a [pandemia] de covid-19 é seguro, dado o distanciamento social e o respeito à medidas de higiene", afirmou.

Segundo o Ministério da Saúde, o doador deve cumprir 3 requisitos básicos: 

* Estar em boas condições de saúde (sem sintomas de doenças ou infecções);
* ter entre 16 e 69 anos de idade;
* pesar pelo menos 50 quilos. 

Vale lembrar que pessoas que fizeram tatuagens ou piercings recentemente devem aguardar pelo menos 6 meses após o procedimento.

O ministério adverte que uma testagem de hemoglobinas e doenças é feita em todas as doações. Pessoas com quadros de inflamação crônica, inflamação por ferimentos ou procedimentos médicos (como tratamento dentário de canal recente) também não devem doar. A frequência máxima de doações é de 4 vezes ao ano para homens e 3 vezes ao ano para mulheres.

Agência Brasil.