STF rejeita pedido de Bolsonaro para afastar Moraes do caso do golpe
Segundo os advogados de Bolsonaro, Moraes deveria ser afastado do caso por ser uma ‘vítima’ nas investigações
A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) votou, nesta sexta-feira (6), contra o recurso apresentado pela defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro, que pedia o afastamento do ministro Alexandre de Moraes da relatoria do inquérito sobre o golpe. O julgamento virtual teve como base o voto do presidente da Corte, ministro Luís Roberto Barroso, que foi seguido por outros ministros, como Flávio Dino, Edson Fachin, Gilmar Mendes, Cristiano Zanin e Dias Toffoli.
Voto de Barroso é seguido pela maioria
Moraes está impedido de votar sobre a questão, pois ele é alvo do pedido de afastamento. A votação do recurso segue aberta até sexta-feira (13). A defesa de Bolsonaro recorreu ao plenário da Corte para tentar reverter a decisão individual de Barroso, que, em fevereiro deste ano, havia negado o pedido para que Moraes fosse impedido de atuar no caso.
Argumentos da defesa de Bolsonaro
Segundo os advogados de Bolsonaro, Moraes deveria ser afastado do caso por ser uma “vítima” nas investigações, o que, conforme o Código de Processo Penal (CPP), impediria o ministro de atuar no processo. A defesa argumenta que, por ser parte diretamente interessada no caso, Moraes deveria ser impedido de relatar o inquérito do golpe.
No entanto, o entendimento de Barroso foi contrário a essa alegação. “A simples alegação de que o ministro Alexandre de Moraes seria vítima dos delitos em apuração não conduz ao automático impedimento de sua excelência para a relatoria da causa, até mesmo porque os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e de tentativa de golpe de Estado têm como sujeito passivo toda a coletividade, e não uma vítima individualizada”, justificou o presidente da Corte.
Indiciamento de Bolsonaro e aliados pela PF
No mês passado, a Polícia Federal indiciou Bolsonaro e mais 36 aliados pela tentativa de golpe. As investigações apontaram que Bolsonaro estava ciente do plano de assassinar não só Alexandre de Moraes, mas também o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice-presidente Geraldo Alckmin.
Os crimes mencionados pela PF incluem a abolição violenta do Estado Democrático de Direito e o golpe de Estado. O primeiro crime ocorre quando alguém tenta, com violência ou ameaça grave, abolir o Estado Democrático de Direito, restringindo o exercício dos poderes constitucionais. A pena para este crime varia de 4 a 8 anos de prisão.
Já o golpe de Estado é caracterizado pela tentativa de depor, com violência ou ameaça grave, o governo legitimamente constituído. A pena para este delito vai de 4 a 12 anos de prisão. Em ambos os casos, a lei já prevê punição para a tentativa, o que possibilita a condenação mesmo que o ato não tenha sido concretizado.
Organização criminosa também é citada
Além dos dois crimes anteriores, a investigação incluiu ainda a acusação de organização criminosa, prevista em uma lei de 2013. Este crime envolve quem promove, constitui, financia ou integra uma organização criminosa com o objetivo de obter vantagens ilegais. A pena para este delito varia de 3 a 8 anos de prisão.
De acordo com a lei, uma organização criminosa é formada por quatro ou mais pessoas e tem como objetivo a prática de infrações penais. Essas infrações devem ter penas superiores a quatro anos ou serem de caráter transnacional.
Mais Lidas
Prefeitura decreta ponto facultativo no Dia do Servidor Público em Salvador
Após Éden defender Wagner, Rui e Jerônimo na chapa, Coronel e Geddel reagem
Política
Robinson Almeida pede revisão de contrato com a Coelba após apagão na AL-BA
Senado aprova texto-base da regulamentação da reforma tributária
Fernando Haddad projeta alta do PIB e menor desemprego em 2024
Mesmo em recuperação, Lula sanciona leis para cumprir prazos legais
Últimas Notícias
Varizes no verão: confira cuidados essenciais e dicas para proteção da saúde
Mega árvore de Natal da Limpurb será inaugurada na segunda-feira
Reservatórios terminam novembro com 44% da capacidade, diz ONS
Presidente do Sinjorba, Moacy Neves é eleito para comitê da Empresa Brasil de Comunicação
Moacy ocupará posição no Comitê de Participação Social, Diversidade e Inclusão (CPADI) da EBC
Preta Gil revela que fará cirurgia em nova etapa do tratamento contra o câncer
Cantora revelou ainda que fez uma consulta com uma especialista nos EUA, para ter uma segunda opinião no tratamento
Lula retira dreno da cabeça e segue em recuperação na UTI, aponta boletim médico
Nesta quinta-feira, Lula foi submetido a uma nova cirurgia: uma embolização de artéria meníngea média, procedimento realizado para prevenir novos sangramentos
ACM Neto faz planos para 2025 e diz que queda na aprovação de Jerônimo já era percebida
Ao falar sobre os principais desafios para o próximo ano, Neto disse que o principal objetivo será 'organizar um trabalho que possa ter relevância em 2026'
Câmara aprova projeto que classifica assassinato de idosos como crime hediondo
Pena para esse tipo de crime será equiparada aos homicídios qualificados, como o feminicídio
STF: Moraes veta acesso a prontuários de mulheres que realizaram aborto
Decisão visa proteger sigilo médico e pacientes em casos de aborto legal
Banco Central aprova pagamento de boletos através do Pix
Resolução terá início em 3 de fevereiro de 2025
Câmara aprova multa e punição para motoristas que fizerem gestos obscenos ao volante
Infração será classificada como leve, com penalidade de R$ 88,38 e a adição de três pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH)
Robinson Almeida pede revisão de contrato com a Coelba após apagão na AL-BA
Deputado aponta falhas recorrentes da Coelba e alerta para falta de compromisso da empresa com a Bahia
Senado aprova texto-base da regulamentação da reforma tributária
Proposta recebeu 49 votos favoráveis e 19 contrários