Lula busca aproximação com evangélicos e planeja convite para ministério
Interlocutores afirmam que reforma ministerial ocorrerá em breve
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretende convidar um representante Frente Parlamentar Evangélica para comandar um ministério em sua gestão. Segundo interlocutores, o objetivo é aproximar o governo do eleitorado evangélico, no qual sua administração sofre resistência e desgaste. A expectativa é que esse representante da bancada evangélica seja uma mulher, que possa fazer também um aceno ao público feminino.
As conversas de ministros com os evangélicos vêm se intensificando nos últimos meses, e representantes do presidente e do Planalto dão como certo que Lula irá fazer uma reforma ministerial logo após as eleições para a presidência da Câmara e do Senado, marcadas para fevereiro de 2025.
Os interlocutores declararam que o presidente quer fazer uma gestão que simbolize a nova correlação de forças no País, podendo ainda contribuir com acordos para fortalecer uma possível candidatura de Lula à reeleição em 2026.
Entre os nomes cotados, que representem o eleitorado evangélico, estão os da senadora Eliziane Gama (PSD) e da deputada Benedita da Silva (PT). Entretanto, o presidente da Frente Parlamentar Evangélica, Silas Câmara (Republicanos), afirmou não ter compromisso com o Planalto. “O que existe hoje é um diálogo normal. Mas conversar só não adianta. O governo precisa mudar suas atitudes”, afirmou.
“Essa eleição nos Estados Unidos demonstrou, de forma clara, o que dá os políticos não respeitarem o sentimento da população. O planeta está mostrando que a esquerda precisa se reciclar”, continuou Silas.
O parlamentar destacou ainda que o governo Lula possui resoluções sobre educação infantil e nota técnica sobre aborto legal, que se mostram “desconectadas” com as pautas evangélicas e com o desejo do presidente de se aproximar.
O chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, tem sido um dos interlocutores de Lula com a bancada evangélica, adotando uma postura pacificadora. “Tenho me esforçado para levar sempre uma mensagem de paz aos meus colegas e mostrar que nosso governo nunca se contrapôs aos valores cristãos”, disse.
Ex-integrante da tropa bolsonarista, o deputado Otoni de Paula (MDB), representante da Frente Parlamentar Evangélica, afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus apoiadores sequestraram a pauta cristã e as distorceram para benefício próprio.
“Os parlamentares evangélicos sofrem hoje um ataque interno do bolsonarismo, que sequestrou as nossas pautas. Tem cara que já mandou a namorada fazer aborto, mas faz campanha dizendo que é aliado de Bolsonaro e que é a favor da vida. É esse candidato que sobe no nosso púlpito e rouba os nossos votos”, disse Otoni.
“Não queremos barganhar nada com Lula, mas, caso haja um ministério, será importante porque os parlamentares precisam fazer políticas públicas e o bolsonarismo tomou essa pauta dos representantes da igreja. Isso não significa compromisso com a reeleição do presidente, em 2026, mas sim com a governabilidade”, continuou o parlamentar.
Para o deputado Sóstenes Cavalcante (PL), aliado de Bolsonaro, a investida do presidente não funcionará. “Lula quer manipular a fé, mas nada do que ele fizer vai adiantar”, afirmou. Hoje a bancada evangélica reúne hoje 151 deputados e 19 senadores, a grande maioria ligada ao ex-presidente Bolsonaro.
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