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Jerônimo celebra retorno de Manto Tupinambá ao Museu Nacional: ‘Marco histórico para nós’

Jerônimo celebra retorno de Manto Tupinambá ao Museu Nacional: 'Marco histórico para nós'
Durante a cerimônia, Lula declarou que o manto deverá voltar para a Bahia assim que possível

O governador Jerônimo Rodrigues (PT) participou, nesta quinta-feira (12), ao lado do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), da cerimônia de celebração do retorno do Manto Tupinambá, no Museu Nacional do Rio de Janeiro. O objeto, considerado raro e sagrado, estava exposto havia 300 anos no Museu Nacional da Dinamarca. Agora, o manto ficará em exposição em uma sala da Biblioteca Central na capital carioca.  

“Foi uma agenda linda, emocionante. Este é um marco histórico para nós, brasileiros, e para nós, indígenas. São 11 mantos desses. Um está aqui e dez espalhados por outros cantos da Europa. Mas, assim como esse manto, outros valores deverão, com esse exemplo, ser devolvidos ao povo indígena e aos seus territórios”, declarou o governador da Bahia.  

Para a devolução do manto, foram necessários articulações entre representantes da Embaixada do Brasil na Dinamarca, além do envolvimento direto do Ministério das Relações Exteriores (MRE), de membros de ambos os museus, e da comunidade tupinambá. 

Lula ainda acrescentou que o Manto Tupinambá ficará temporariamente no Rio de Janeiro, sendo enviado de volta para a Bahia, assim que for construído um local para recebê-lo. “Espero que todos compreendam que o lugar dele não é aqui. O governador indígena da Bahia, Jerônimo Rodrigues, terá o compromisso histórico de construir no Estado um lugar para abrigar o objeto, que guarda crenças, memórias e a retomada de uma história que foi apagada por séculos”, afirmou.  

 Entre os convidados da cerimônia, estava a cacique Japomoty, que comemorou a chegada do manto. “Sou a primeira líder mulher do povo Tupinambá de Ilhéus. Lutamos muito para que o manto ficasse no Brasil e hoje, três séculos depois, comemoramos esse momento que demonstra toda a força dos nossos ancestrais. Simboliza um direito de vida, não só para nós, mas para todos os povos originários. Estou feliz porque o Brasil de hoje é um novo Brasil”, ressaltou.  

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Márcia Espíndola