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Ireuda Silva diz que Patrulha Guardiã Maria da Penha vai oferecer ‘libertação’ às mulheres vítimas de violência

Ireuda Silva
Ao Portal M!, vereadora disse se tratar de um dos dias "mais importantes" dos seus oito anos de mandato

A vereadora e presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara Municipal de Salvador (CMS), Ireuda Silva (Republicanos), afirmou que a Patrulha Guardiã Maria da Penha lançada pelo prefeito Bruno Reis (União Brasil), vai oferecer “libertação” às mulheres vítimas de agressão e opressão. Em entrevista ao Portal M!, nesta segunda-feira (17), a edil disse se tratar de um dos dias “mais importantes” dos seus oito anos de mandato.

“É uma realização muito grande, é algo que eu lutei durante oito anos, e lutei por ter consciência do que isso representa. Violência contra mulher é algo que só a vítima tem condição de descrever. E eu digo isso, porque fui criada em um lar aonde minha mãe sofria constantemente violência doméstica. Só que, quando ela apanhava, todos nós sofriamos, todos nós éramos atingidos. Eu, como filha, tinha desejo de suicídio, vontade de morrer, porque eu não tinha condição de tirá-la daquela situação. Então isso me angustiava muito”, relembrou.

Ao comentar sobre a atuação da patrulha, a vereadora ressaltou que a iniciativa vai “estender as mãos, se juntar. Vai trazer para essa mulher, libertação dessa opressão, dessa agressão. É algo imensurável, por mais que eu venha falar, são poucas as minhas palavras”.

Ao destacar a importância do projeto, proposto por ela na Câmara, Ireuda enfatizou que “agressor você encontra em cada esquina”. “Na minha família tem agressor, eu tenho muito próximo. Homem que agride. Então, eu tenho que lutar, eu tenho que combater. Eu preciso combater”.

Perguntada sobre a importância do papel do poder em público em promover ações de fortalecimento da mulher e de combate à violência, Ireuda defendeu a necessidade de se tirar as ações do “papel”, além de tornar o trabalho “eficaz”.

“A resposta disso tudo é o que acontece constantemente. O agressor, ele se sente seguro por saber que é uma morosidade, principalmente da parte da Justiça. E isso contribui para que as mulheres venham ser vítimas de feminicídio. Nós não podemos tomar atitude em apressar os passos para prender e apresentar o agressor preso à população, achando que isso foi o nosso grande feito. O nosso grande feito é impedir que essa mulher se jogue do quinto andar na esperança de encontrar a sobrevivência, como aconteceu nessa semana e ela terminou abortando e perdendo filho, e por um triz não perdeu a sua vida”, ressaltou.

Ainda conforme a edil, é necessário que a Justiça seja eficaz, tirando os processos que estão “amontoados”, além de “realmente mostrar” que se trata de um “combate”. “Não são falácias, nós não podemos apenas falar. E acabar com a impunidade que é o mais importante”.

Confira a entrevista completa:

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Valdemiro Lopes/Câmara Municipal de Salvador