O presidente Jair Bolsonaro voltou a colocar mais lenha na fogueira na relação com os governadores, após a morte do miliciano Adriano da Nóbrega, ocorrida no último dia 9, na cidade de Esplanada, no interior da Bahia.
O chefe do Executivo nacional cobrou, nesta terça-feira (18), uma “perícia independente” no corpo de Adriano, além de levantar novamente a possibilidade de que Adriano tenha sido executado.
Em uma rede social, Bolsonaro disse que “sem uma perícia isenta os verdadeiros criminosos continuam livres até para acusar inocentes do caso Marielle” – em uma possível referência ao fato dele próprio ter sido citado na investigação do assassinato da ex-vereadora do Rio de Janiero, Marielle Franco, e do motorista, Anderson Gomes.
O presidente fez o comentário ao compartilhar a notícia de que a Justiça decidiu que não é necessário preservar o corpo de Adriano.
Bolsonaro ainda questionou quem fará a perícia nos telefones apreendidos com o ex-capitão do Bope e levantou a hipótese de que mensagens e áudios podem ser forjados para acusar inocentes.
A postura do presidente quanto ao caso fez com que uma carta com críticas às declarações dele, assinada por 20 governadores, fosse publicada.
O texto diz que as afirmações de Bolsonaro se antecipam a “investigações policiais para atribuir fatos graves às condutas das polícias e de seus governadores”, além de não contribuírem “para a evolução da democracia no Brasil”. Esse é mais um dos atritos colecionados por Jair Bolsonaro com os representantes dos estados.
*Com informações do jornal O Globo.