Os venezuelanos participam de um referendo, neste domingo (3), para opinar sobre a disputa territorial com a Guiana. Com cinco perguntas, o referendo aborda a reivindicação da Venezuela sobre a região de Essequibo, que constitui 75% do território guianense. As informações são da Agência Brasil.
O governo venezuelano incentiva os eleitores a votar “sim” para todas as perguntas, buscando o repúdio à fronteira atual e a favor do rio Essequibo como novo limite. A Guiana controla efetivamente 160 mil quadrados de território a oeste do rio desde a demarcação de 1905, quando era colônia britânica.
Venezuela realiza o referendo sobre a disputa territorial com a Guiana, incluindo questões sobre o Laudo Arbitral de Paris de 1899. O governo venezuelano não reconhece a fronteira atual, alegando fraude no laudo, apesar de décadas de aceitação.
O eleitor é questionado sobre o apoio à incorporação de Essequibo como estado venezuelano, concedendo cidadania aos residentes. O referendo também aborda a oposição à pretensão unilateral da Guiana sobre uma área marítima, incluindo parte do campo de Stabroek, com grandes reservas de petróleo. O caso está em análise pela Corte Internacional de Justiça desde 2018, mas a Venezuela não aceita sua jurisdição.
Os venezuelanos votam centrados no Acordo de Genebra de 1966, que busca soluções pacíficas. Perguntas abordam a aceitação do acordo como único meio para resolver a controvérsia e a rejeição da jurisdição da Corte Internacional de Justiça.
A Guiana afirma a validade do Laudo Arbitral e da fronteira terrestre, reconhecidos pela Venezuela por mais de 60 anos. O Brasil, fronteiriço ao território disputado, busca uma solução pacífica e reforçou as fronteiras diante da tensão entre Venezuela e Guiana.
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