Em primeiro discurso após uma onda de manifestações de israelenses, além da pressão internacional, para que chegue a um acordo de cessar-fogo em Gaza, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que continuará a insistir e não abrirá mão de assumir o controle do Corredor da Filadelfia. O trecho localizado na fronteira de Gaza com o Egito, onde o governo do Israel afirma que o grupo terrorista Hamas contrabandeia armas. Representantes do governo egípcio e do grupo palestino negaram as informações levantadas por Israel.
“Este é o oxigênio do Hamas”, disse Netanyahu, destacando que o trecho é por onde o grupo vem conseguindo as armas. “Ninguém está mais comprometido em libertar os reféns do que eu. Ninguém vai me dar sermão”, completou o líder israelense.
Desde o último domingo (1º), manifestantes vão as ruas das cidades mais populosas de Israel, para manifestar o luto pela morte de reféns mantidos pelo Hamas e pedir uma solução o quanto antes para o conflito. As famílias das vítimas e o público culpam Netanyahu pelas mortes, afirmando que todas as vidas poderiam ter sido poupadas se Israel tivesse feito um acordo com o grupo terrorista.
Desde segunda-feira (2), os israelenses estão realizando greves gerais contra os rumos que o governo está tomando em relação ao conflito. Nesta terça-feira (3), milhares de manifestantes se reuniram na frente casa particular de Netanyahu, localizada no centro de Jerusalem, onde carregavam caixões e gritavam “Acordo agora”. A mídia israelense conta ainda que outros grupos de manifestantes marcharam do lado de fora da sede do partido Likud, do qual o primeiro-ministro faz parte, em Tel Aviv.
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