O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou a antecipação do Natal para o dia 1º de outubro. A decisão foi comunicada durante seu programa “Con Maduro Más”, transmitido na televisão pública do país na última segunda-feira (2). Maduro justificou a medida citando o fechamento do mês de agosto com “boas perspectivas econômicas” e afirmou que o adiantamento é “em homenagem e agradecimento” ao povo venezuelano.
Essa não é a primeira vez que Maduro antecipa o Natal, mas a decisão ocorre em um contexto de turbulência política no país. Diversos países questionaram as eleições recentes em que Maduro foi declarado vencedor, e um mandado de prisão foi expedido contra o candidato opositor Edmundo González, que vem denunciando fraudes no processo eleitoral.
González, ex-diplomata e candidato presidencial da oposição, está sendo investigado por crimes como usurpação de funções e falsificação de documentos públicos, após denunciar as eleições. Governos de oito países latino-americanos emitiram uma nota condenando a ordem de prisão contra ele.
A investigação contra González está centrada em um site criado pela oposição para divulgar cópias das atas eleitorais, que supostamente comprovariam sua vitória com 67% dos votos. Enquanto isso, instituições alinhadas ao governo de Maduro ratificaram sua reeleição, sem apresentar os dados das urnas, mesmo um mês após as eleições. Durante o comunicado na TV, Maduro criticou seus adversários, referindo-se a eles como “fascistas contra a pátria”.
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