Pular para o conteúdo
Início » Com dobradinha nos 1500m, Brasil encerra dia com dez medalhas na Paralimpíada

Com dobradinha nos 1500m, Brasil encerra dia com dez medalhas na Paralimpíada

Com dobradinha nos 1500m, Brasil encerra dia com 10 medalhas na Paralimpíada
Brasil se manteve na quarta colocação geral, agora com 14 ouros, dez pratas e 24 bronzes

A delegação brasileira segue se destacando nos Jogos Paralímpicos de Paris-2024. Nesta terça-feira (3), no sexto dia de competições na França, o país conquistou mais dez medalhas (dois ouros, duas pratas e seis bronzes), com destaque para os 1500 metros na categoria T11. Yelsin Jacques levou o ouro com um recorde mundial, enquanto Julio Cesar Agripino garantiu a terceira posição, resultando em uma dobradinha no pódio.

O atleta do Mato Grosso do Sul, que compete na categoria para deficientes visuais, completou a prova em 3min55s82. Ele quebrou o próprio recorde mundial e olímpico, que eram de 3min57s60, estabelecido nos Jogos de Tóquio em 2021.

“Tive uma lesão, quando me recuperei sofri com uma virose, isso atrapalhou um pouco nos 5000m. Mas nos 1500m é mais força, já sou forte geneticamente e deu tudo certo. Eu até tinha apostado que viria o recorde com 3min53s ou 3min54s, veio com 3min55s. Muito feliz por repetir o que fiz em Tóquio, fruto de muito trabalho”, celebrou Yelsin, que agora possui três ouros e um bronze na história das Paralimpíadas.

“O Brasil se tornou uma força nas provas de meio fundo e de fundo, pesquiso bastante sobre fisiologia, somos muito fortes e só temos a crescer e conseguir ótimos resultados”, completou o bicampeão. A prata ficou com o etíope Yitayal Yigzaw, que terminou com 4min03s21, à frente do paulista Júlio Agripino, que levou o bronze com 4min04s03.

A maioria das medalhas foi conquistada no atletismo. A acreana Jerusa Geber ganhou o ouro nos 100m T11 com 11s83, após ter batido o recorde mundial na semifinal, com 11s80. Gabriela Mendonça terminou em sexto lugar, com 12s67, na mesma prova.

Nos 100m T13, Rayane Soares ficou a apenas 0s02 do ouro. Ela completou a corrida em 11s78, ficando atrás da azeri Lamiya Valiyeva, campeã com 11s76. Outra prata foi conquistada por Raíssa Machado no lançamento do dardo, alcançando 23,51 metros. O Brasil ainda recebeu o bronze no salto em distância (T37), com Mateus Evangelista marcando 6,20m, e nos 100m com Lorena Spoladore.

Na natação, Mariana Gesteira trouxe o bronze para o Rio de Janeiro. Ela ficou em terceiro lugar nos 100m costas S9, com 1min09s27. Nos 50m borboleta, Mayara Petzold conquistou o bronze com 37s51 na categoria para atletas com limitações físico-motoras.

No tênis de mesa, a catarinense Bruna Alexandre, que também competiu nos Jogos Olímpicos, garantiu o bronze. Ela foi eliminada nas semifinais pela australiana Qian Yang, com um placar apertado de 3 a 2 (6/11, 11/3, 9/11, 11/9 e 11/3). A rival já havia vencido Bruna na final em Tóquio.

Com os resultados do dia, o Brasil se manteve na quarta colocação geral, agora com 14 ouros, 10 pratas e 24 bronzes. Nos esportes individuais, a seleção feminina de goalball garantiu vaga na semifinal após vencer o Japão por 2 a 0. No futebol de cegos, o Brasil terminou a fase de grupos com um empate em 0 a 0 contra a China, avançando para as semifinais em primeiro lugar. A próxima rival será a Argentina, na quinta-feira (5).

Leia também:

Ministério Público da Bahia indica seis nomes para cargo de desembargador do TJ

Após suspensão do ‘X’ no Brasil, STF e PF sofrem ataque hacker

Operação da PM resulta na morte de líder de facção do Rio de Janeiro

Silvio Avila/Comitê Paralímpico Brasileiro