O ex-vereador Gilmar Santiago (PT), candidato à Câmara Municipal de Salvador (CMS), atacou o prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), que concorre à reeleição, após a Justiça determinar a suspensão de sua propaganda eleitoral. Em comunicado, o petista afirmou que ele tenta “calar a voz” da oposição e não sustenta argumentos para responder as carências de sua gestão.
“Bruno Reis reza pela mesma cartilha autoritária do seu antecessor. Despreparado para a convivência democrática e sem argumentos para responder às críticas, tenta calar a minha voz e de quem mais se opõe a ele”, declarou o ex-parlamentar ao comparar o atual gestor ao ex-prefeito ACM Neto (vice-presidente nacional do União Brasil).
A decisão de suspender a propaganda de Santiago aconteceu nesta segunda-feira (2), sob determinação da juíza eleitoral Patrícia Sobral Lopes. Ela acatou os argumentos do advogado representante do prefeito, Ademir Ismerim, e declarou que o ex-vereador divulgava informação falsa.
A propaganda suspensa, realizada pela Federação Brasil da Esperança, composta por PT, PCdoB e PV, acusava Bruno Reis de retirar 134 linhas de ônibus da cidade, mesmo discurso usado pelo vice-governador Geraldo Jr (MDB), candidato a prefeito de Salvador, para atacar o ex-aliado. Porém, a juíza notificou que, segundo os dados da Secretaria Municipal de Mobilidade (Semob), a frota do transporte público teve um acréscimo de 2,5% na capital baiana. Assim, uma multa diária de R$ 10 mil foi imposta em caso de descumprimento de sua decisão.
No entanto, segundo o petista, que já cumpriu três mandatos na CMS, a propaganda apenas listava deficiências do governo de Bruno Reis, em relatos recolhidos durante o projeto “Escuta Salvador”. Conforme o ex-secretário municipal da Reparação, a capital baiana possui problemas na educação, na saúde e no transporte público, que são ignorados pela gestão municipal.
“Ouvimos milhares de pessoas, que mostraram uma cidade muito diferente daquela existente na propaganda da Prefeitura. Uma cidade com sérias deficiências na educação, na saúde e no transporte público rodoviário, entre outros problemas. O prefeito não me calará”, criticou.
