Estado renova contrato para gestão da OSBA e defende difusão da música clássica no interior da Bahia

A Secretaria de Cultura da Bahia (Secult-BA) assinou um novo contrato de R$26 milhões com a Associação Amigos do Teatro Castro Alves (ATCA) para gerir a Orquestra Sinfônica da Bahia (OSBA). A assinatura ocorreu nesta quarta-feira (25), durante um evento no Cine Teatro Solar Boa Vista, no bairro Engenho Velho de Brotas, em Salvador. A ATCA, responsável pela orquestra desde 2017, venceu o edital e seguirá à frente da OSBA por mais dois anos, a partir de 1º de outubro de 2024.

De acordo com a gestão estadual, o foco principal agora é desenvolver políticas públicas voltadas para a difusão da música de concerto, com ênfase na interiorização das atividades da orquestra.

“Queremos que toda a riqueza artística e cultural da OSBA seja cada vez mais difundida por toda a Bahia, encantando e atraindo novos públicos. Mas, especialmente, desejamos que ela ofereça uma nova perspectiva de vida para os jovens de todo o estado”, enfatizou o secretário da cultura, Bruno Monteiro.

Enquanto o Teatro Castro Alves (TCA) está em reforma, o Cine Teatro Solar Boa Vista servirá como sede provisória da OSBA. O evento contou com a presença do presidente e da vice-presidente da ATCA, Annibal Porto e Lúcia Magalhães, além de músicos da OSBA e representantes de várias entidades culturais.

“A permanência da ATCA é de grande importância, pois se trata de um projeto vencedor, com diversos desdobramentos, sendo o mais indicado para levar esse impacto artístico ao público. Sabemos que, sob a liderança de Carlos Prazeres, a orquestra teve um avanço significativo ao longo dos últimos dez anos. Ele conseguiu unir a música orquestral clássica com a música popular, algo que faz parte da essência do próprio maestro. Junto com a OSBA, ele aproximou o público e a sociedade baiana, promovendo reflexos positivos no estado como um todo”, afirmou a diretora artística do Teatro Castro Alves (TCA), Rose Lima.

Na avaliação do maestro Carlos Prazeres, a assinatura do contrato é essencial para a continuidade da orquestra e para fortalecer políticas públicas voltadas à música de concerto: “Estamos muito felizes, porque essa continuidade reflete o verdadeiro sentido da OSBA: ser do povo e continuar do povo. Hoje, a OSBA é uma orquestra sinfônica que está abraçada e conectada com sua sociedade, e isso faz muita diferença. Estou aqui hoje com a alma lavada e o coração cheio de alegria para dizer que, sim, a OSBA continua sendo do povo e nossa”, disse.

Sobre a OSBA

Fundada em 30 de setembro de 1982, a OSBA é um corpo artístico estável do Teatro Castro Alves, o principal equipamento cultural do Estado da Bahia, vinculado à Secult-BA por meio da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb).

Desde 2011, sob a regência do maestro Carlos Prazeres, a OSBA já acompanhou grandes nomes da música clássica, como Luciano Pavarotti, Montserrat Caballé e Nelson Freire, além de se apresentar com companhias renomadas como o Ballet Bolshoi e o Ballet da Cidade de Nova York. A orquestra também colaborou com grandes artistas da música popular brasileira.

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