Com trajetória de luta pela demarcação, líder indígena de Ilhéus inspira filme-ritual premiado
Nádia encontrou na educação uma nova vocação

A história de Nádia Akawã Tupinambá, líder da Aldeia Tukum Tupinambá em Ilhéus, será tema do filme-ritual Ama mba’é Taba Ama, com lançamento previsto para o primeiro semestre de 2026. Dirigido por Nádia e pela cineasta Gal Solaris, o documentário explora a vida de seis indígenas da aldeia, destacando desafios como a demarcação de terras e a preservação da cultura Tupinambá.
Do conhecimento ancestral à educação transformadora
Desde a infância, Nádia foi marcada pelos ensinamentos ancestrais de sua família. Inspirada pela avó, mãe e pai, todos curandeiros, ela aprendeu a usar plantas como artemísia, babosa e entrecasca de caju em rituais de autocuidado. Na juventude, assumiu o papel de Mulher Medicina na comunidade, ampliando os trabalhos com as tradições herdadas.
Aos 24 anos, Nádia encontrou na educação uma nova vocação. “Inspirada pela minha filha, me tornei educadora. A educação exige alguém que cuide e trabalhe como se estivesse cuidando de um filho. Educação é cuidado, empatia e, acima de tudo, confiança. Por causa dela, decidi fazer o magistério”, afirmou.
Hoje, atua na formação de professores para escolas indígenas em aldeias baianas, além de trabalhar com jovens e adultos. O filme-ritual foi contemplado nos Editais da Paulo Gustavo Bahia e conta com apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia via Lei Paulo Gustavo. O projeto foi criado para fortalecer o setor cultural e reforçar a luta dos povos indígenas, abordando questões como a urbanização e a redução de territórios sagrados.
Luta pela preservação da cultura Tupinambá de Ilhéus
Em setembro, Ama mba’é Taba Ama destacou-se no 8º Encontro de Coprodução do Mercado (ECM+LAB), no Festival Internacional de Cinema Florianópolis Audiovisual Mercosul (FAM), conquistando quatro prêmios. Entre eles estão a Consultoria Paradiso Multiplica 2024 e a campanha de internacionalização com Juliana Sakae.
A produção busca dar visibilidade à cultura indígena, enquanto retrata a relação dos Tupinambás com suas terras e desafios contemporâneos. Segundo Gal Solaris, “os Tupinambás têm importância histórica por serem os primeiros a contatar os colonizadores em 1500”. O filme reforça a relevância da comunidade diante das transformações urbanas e culturais.
Redação
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