O diretor de Relações Institucionais da Acelen, Marcelo Lyra, afirmou, na manhã desta sexta-feira (7), que o investimento de R$ 2 bilhões em Mararipe, na Bahia, torna a refinaria competitiva e prevê a produção de 300 mil barris por dia. A declaração foi dada durante a sessão especial de entrega do título de cidadão baiano ao CEO da empresa de energia, engenheiro Luiz de Mendonça, na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), em Salvador.
“Nós executamos, nos últimos 2 anos, R$ 2 bilhões de investimento na refinaria, com o objetivo de modernizá-la, garantir confiabilidade no fornecimento, na produção de combustíveis e também nas questões ambientais, melhorar toda a performance ambiental. A refinaria saiu de 205 mil barris por dia e hoje ela processa em torno de 260, 270, chegando a 290 mil barris por dia. A gente quer estabilizar em 300 mil barris por dia”, disse em entrevista ao editor-chefe do Portal M!, Osvaldo Lyra.
Sobre a honraria proposta pelo deputado estadual Niltinho (PP) ao CEO da Acelen, o diretor afirmou que é um reconhecimento ao trabalho dele no Estado e uma honra para todos da empresa. “O Luiz é quase um baiano de sangue, de coração. Conheço o Luiz há mais de 15 anos e sempre com algum tipo de vínculo com a Bahia. Então, é um reconhecimento merecido. Para a Acelen, mais ainda, porque é uma empresa cujo ativo dela é na Bahia e temos uma grande refinaria no Estado”.
A Acelen tem como objetivo desempenhar um papel ativo na transição energética do Brasil e, para isso, vários projetos independentes estão sendo desenvolvidos na Bahia e em Minas Gerais. “A Acelen Renovável é um projeto muito interessante, que envolve a Bahia o tempo todo, é um projeto de R$ 14 bilhões, envolve 200 mil hectares de área plantada, vai produzir diesel verde e querosene de aviação renovável a partir de uma planta chamada macaúba, que é uma planta nativa brasileira. E boa parte desse investimento será na Bahia também”, disse Lyra ressaltando que a perspectiva desse projeto “é a geração de 90 mil empregos diretos e indiretos em 10 anos e boa parte deles certamente serão no Estado”.
Questionado pelo Portal M! sobre o diálogo com o governo federal e a Petrobras para essa redefinição dos espaços na refinaria de Mataripe, o diretor afirmou que esse assunto tem sido conduzido pelos acionistas da Acelen, o fundo Mubadala Capital, que é um braço do fundo soberano Mubadala Investment Company dos Emirados Árabes. Segundo ele, no entanto, “a negociação tem ocorrido na velocidade adequada entre as partes”.
“O que a gente pode dizer que independente disso, o projeto de renováveis, que a Petrobras também manifestou interesse, são independentes. A parceria estratégica no projeto estrutura da refinaria é um e no projeto de renováveis é outro independente e a gente acredita que ambos terão uma solução boa para o Estado”, explicou.
Confira entrevista:
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