Servidores públicos da área de saúde realizam, na manhã desta terça-feira (28), uma manifestação contra o reajuste salarial de 4% oferecido pelo Governo do Estado. O ato, que iniciou no Centro Administrativo da Bahia (CAB), saiu em direção a Avenida Paralela, com o fechamento da parte da via no local, conforme vídeos obtidos pelo Portal M!.
Os trabalhadores aprovaram, em assembleia, estado de greve nos dias 27, 28 e 29 de maio na tentativa de garantir uma nova rodada de negociação.
Na proposta, que será apreciada nesta terça pelos deputados estaduais, está previsto que o valor deve ser pago em duas parcelas e sem retroatividade. O setor não tem reajuste há cerca de sete anos e acumula perdas em torno de 54%.
Na área da saúde, conforme a categoria, não há concurso público há 16 anos e os profissionais sofrem com sobrecarga de trabalho e ambiente de trabalho precarizado.
“Vamos mostrar a força da área da saúde e dos trabalhadores administrativos. Estamos aqui na defesa do nosso direito, que é esse reajuste mais do que justo de 10% e não 4% como está sendo proposto pelo Governo. Esse reajuste não nos contempla, ainda mais sendo dividido, não chega nem a 3%”, destacou Ivanilda Brito, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Estado da Bahia (Sindsaúde).
Segundo o sindicato, a gestão estadual está tirando o direito dos trabalhadores ao Piso Nacional da Enfermagem, aprovado em 2023, tentando incorporar gratificações variáveis aos salários para atingir o valor do Piso.
Dirigente do Sindsaúde e ex-vereadora de Salvador, Aladilce Souza, chama a atenção para a necessidade de valorizar uma categoria essencial para a saúde pública. “São estes profissionais que se dedicam aos cuidados das pessoas enfrentando todo tipo de situação que coloca em risco sua saúde e por tudo isso devem ser devidamente valorizados e respeitados”.