Mesmo após a reunião com o prefeito Bruno Reis (União), quando foi anunciada a criação de um distrito cultural na região, nesta quarta-feira (26), a Associação Centro Histórico Empreendedor (ACHE) decidiu manter o protesto por mais segurança para esta sexta-feira, às 10h.
Segundo a entidade, a manifestação tem como objetivo cobrar das autoridades municipais, estaduais e federais ações concretas na resolução dos inúmeros problemas que o Centro Histórico de Salvador enfrenta. Também visa sensibilizar a opinião pública para um dos piores momentos que uma das mais preciosas regiões de país vive no que se refere à segurança pública, ordenamento dos informais, assédio e extorsão aos visitantes, preservação do patrimônio e falta de infraestrutura.
“O Centro Histórico dará seu recado e pretende chamar a atenção para o grave problema que enfrenta hoje de desordem, abandono e caos”, diz o comunicado da ACHE.
Na reunião desta quarta, foram discutidas ações voltadas para o Centro Histórico, nas áreas de segurança pública, assistência social, trânsito, limpeza urbana, iluminação, manutenção e cultura.
As ações da Prefeitura de Salvador para o Centro Histórico respondem ao documento encaminhado pela ACHE aos poderes público muncipal e estadual no dia 1º de março, no qual todos os problemas enfrentados pela região foram listados.
O presidente da Associação do Centro Histórico Empreendedor, José Iglesias Garcia, durante a reunião, defendeu mais uma vez uma parceria entre as três instâncias de poder – municipal, estadual e federal – e elogiou o debate promovido pela prefeitura.
“A nossa associação é apartidária e o que queremos é que a Prefeitura, o Governo do Estado e o Governo Federal unam forças e trabalhem a favor do Centro Histórico de Salvador e do turismo, principal atividade econômica da cidade”, afirmou.
Pedido de audiência em caráter de urgência ao governador
Na última segunda-feira (24), a ACHE protocolou um pedido de audiência em caráter de urgência para tratar da situação de abandono do Centro Histórico com o governador Jerônimo Rodrigues (PT). O documento foi enviado com cópia, protocolado e endereçado aos gestores do IPAC, Secult, Secretaria de Turismo, Casa Civil e Comando da Polícia Militar. Segundo a associação, até o momento, não houve resposta de nenhuma destas instâncias.
No documento, a ACHE chama a atenção para a situação de colapso da região, para a perda de empregos e postos de trabalho e para o fechamento de empreendimentos, e pede ao governador uma intervenção imediata. No dia 1º de março, o secretário estadual de Turismo, Maurício Bacelar, também recebeu o relatório encaminhado pela ACHE, no qual os problemas enfrentados pela região são listados, assim como as ações propostas para solucioná-los.
LEIA TAMBÉM:
“Criminalidade no Pelourinho tem afetado o desenvolvimento do turismo”, diz presidente da Ache