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Bruno Reis diz que Salvador está na “contramão da crise” do transporte público

Conforme o prefeito da capital, o cenário atual ocorre porque o setor não é mais capaz de sustentar o próprio sistema

O prefeito Bruno Reis (União Brasil) comentou, nesta sexta-feira (12), a situação do transporte na Região Metropolitana de Salvador (RMS), que tem enfrentado greves com o fim das operações das empresas de ônibus Costa Verde e Avanço. Reis afirmou que o quadro de crise no transporte se dá em todo o país, e destacou que Salvador está na “contramão da crise”. 

“É bom que o problema está aqui do lado, para todo mundo ver. Aqui do lado, aqui do ladinho, na Região Metropolitana. Essa semana quebraram a empresa Costa Verde e a empresa Avanço. Tinham 11 empresas, 5 já quebraram, só tem 6. 1.500 trabalhadores infelizmente demitidos. E a culpa foi porque foi feita uma licitação do transporte em Salvador, que a empresa aqui quebrou no passado, não foi né, gente. O transporte vive um período de crise no Brasil todo”, observou. 

Perguntado se houve politização em torno do tema do transporte, Bruno foi enfático: “Claro”. Ele ressaltou que, em meio a este cenário, a capital baiana está adquirindo ônibus elétrico e implantando eletroterminais.

“Fizemos as maiores compras de ônibus convencional nesses 4 anos. Prefeitura que mais comprou ônibus no Brasil foi a Prefeitura de Salvador, com ar-condicionados. Vamos chegar ao final desse ano com 50% da frota com ar-condicionado e se eu for candidato a prefeito, coisa que nunca foi feita no passado, nem por mim nem por ACM Neto, eu vou assumir o compromisso nos próximos quatro anos, renovar a frota em 100%”, assegurou. 

Conforme o chefe do Executivo Municipal, essa iniciativa será possível através do financiamento do transporte público, já aprovado pela Câmara dos Deputados, para a compra de ônibus elétricos e de ônibus convencionais. “E, ao invés de aportar recursos como nós estamos aportando no sistema, a partir dos anos seguintes aportar equipamentos e garantir a renovação de 12,5% no ano que é possível ser feita. O TAC atual é de 10%, nós vamos aumentar mais 2,5% e chegar em 2028 com 100% da frota de Salvador com ar-condicionado”. 

Por fim, Bruno Reis também ressaltou que o movimento de crise nada tem a ver com as gestões, mas, sim, pelo fato de que a receita do transporte público não é mais capaz de sustentar o próprio sistema. 

“A gente aqui está na contramão da crise que está ocorrendo no Brasil todo. E eu já disse que esse problema era em Itabuna, em Feira, em Alagoinhas, em Vitória da Conquista, e agora aqui do lado, no transporte metropolitano. A gente está vendo aí greves, movimentos paredistas, paralisação. Infelizmente, empresas quebrando e funcionários sendo demitidos. Vocês estão vendo que não tem nada a ver com gestão, não tem nada a ver com política, tem a ver com a crise que existe”.

Segundo ele, isso se dá pelo aumento do preço de insumos, do valor dos ônibus, pneus, salários dos trabalhadores, manutenção e peças, além da redução no número de passageiros. “Caiu por que, prefeito? Pela chegada de outros modais. Caiu por conta da pandemia. Muita gente mudou seus hábitos, não trabalha mais todos os dias de forma presencial, faz trabalho remoto, e tudo isso impactou. Então se de um lado cai receita e do outro aumenta a despesa, vai quebrar”, finalizou.

Confira a declaração na íntegra:

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