Alexandre de Moraes amplia prazo do inquérito das fake news por mais seis meses

O Supremo Tribunal Federal (STF), por meio do ministro Alexandre de Moraes, anunciou a prorrogação do inquérito das fake news por mais 180 dias. A decisão tem como objetivo aprofundar as investigações sobre um grupo suspeito de atacar ministros da Corte, conhecido como “gabinete do ódio”. Segundo a assessoria do STF, a extensão do prazo permitirá concluir a apuração sobre a estrutura, o financiamento e o modus operandi do grupo.

Além disso, a investigação prevê a realização de novas diligências. Entre as ações definidas estão a oitiva de 20 pessoas e a complementação da análise de informações obtidas por meio da quebra de sigilo fiscal e bancário. Esses procedimentos buscam esclarecer a atuação do grupo e identificar todos os envolvidos.

Histórico e sigilo do inquérito das fake news

O inquérito, instaurado em 2019, tramita sob sigilo e já realizou diversas diligências ao longo dos anos. O STF mantém o caso sob atenção especial devido à gravidade das denúncias e ao impacto na estabilidade democrática. A continuidade das investigações reforça o compromisso da Corte em combater ataques extremistas e garantir a proteção de suas instituições.

Posicionamento de Luís Roberto Barroso sobre o inquérito

Na semana passada, o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, comentou sobre a relevância do inquérito das fake news. Para Barroso, embora a investigação seja “atípica”, ela é “necessária e indispensável para enfrentar o extremismo no Brasil”. O ministro também apontou que o inquérito deve se estender por 2025, devido às apurações relacionadas à suposta tentativa de golpe de Estado envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro.

A condução desse inquérito reforça o papel do STF no enfrentamento de ameaças ao Estado Democrático de Direito, especialmente em um contexto de disseminação de informações falsas e ações de ódio contra as instituições.