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“Não é hora de fechar hospitais de campanha”, alerta Fábio Vilas-Boas 

Secretário estadual da Saúde elevou críticas ao governo Bolsonaro e diz que a Bahia hoje é a terceira unidade da Federação com menor mortalidade

Nos últimos 15 meses, o foco principal do poder público foi o combate a pandemia da Covid-19. Em entrevista ao editor chefe do Portal M!, Osvaldo Lyra, no jornal A Tarde, o secretário estadual da Saúde, Fábio Vilas-Boas, criticou o governo federal e disse que a Bahia hoje “é o terceiro estado com menor mortalidade do Brasil”.

“O governo federal não soube conduzir a pandemia, atrasou o início da imunização e fez com que o Brasil fosse o campeão mundial de óbitos por Covid-19. A liderança do presidente tem sido muito negativa e isso tem impactado, já que pelo menos 1/3 da população se diz seguidora do presidente e tende a ir na direção contrária à maioria. Isso é muito ruim”, ressaltou.

O secretário ressaltou ainda que a nível estadual e municipal, “nunca se viu na história da Bahia a união tão evidente entre gestores municipais entre si e com o Governo do Estado”.

“Nós fizemos centenas de reuniões desde o começo da pandemia, às vezes três reuniões, cada uma com 30 prefeitos ao longo de um dia inteiro, e sempre houve, na sua imensa maioria, a compreensão deles da necessidade de contribuir, de sacrificar, de lutar contra a pressão feita pelas associações comerciais”, pontuou.

O secretário ressaltou ainda que a Bahia hoje é o terceiro estado com menor mortalidade do Brasil, por conta do trabalhado capitaneado pelo governador Rui Costa (PT).

“Nós temos o sexto menor coeficiente de incidência do Covid no Brasil, ou seja, tem menos Covid aqui do que em outros estados. Não falta medicamento, não falta oxigênio, não falta hospital e ninguém morreu por falta de UTI. As pessoas tiveram acesso a um respirador em todos os locais do estado, e o grande responsável por isso é o governador Rui Costa que trouxe para si essa responsabilidade desde o começo e liderou todo esse processo”, disse.

Fábio Vilas-Boas alertou ainda que, mesmo com a diminuição do contágio e de mortes por Covid-19, é preciso “baixar a guarda” contra o vírus de forma responsável e cautelosa.

“E sempre monitorando o impacto disso sobre a taxa de recontágio. Hoje nós estamos começando um processo de flexibilização pactuada com os prefeitos e vamos a cada semana ver de que forma isso está impactando. Se houver um aumento no número de casos, a gente volta atrás”, alertou.

Ele deu como exemplo os países na Europa, que estão voltando a fechar e endurecer as medidas por conta do agravamento da pandemia.

“Nós temos já evidencia de circulação da variante indiana no Brasil, a gente não sabe como isso vai impactar na nossa vacina, que é diferente das demais, e é por isso que eu acredito que nesse momento não é hora de se fechar hospitais de campanha. A gente pode estar aqui ou ali desativando leitos dentro de estruturas que possuem dezenas de leitos, como por exemplo o Hospital Metropolitano, o Hospital Couto Maia que tem 100, 150, 200 leitos de UTI, a gente pode ir fechando 10, 20, 30… Mas não desativar definitivamente nesse momento”, finalizou.

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