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Bahia tem 13 municípios em epidemia de dengue, diz Sesab

Do início de janeiro até 6 fevereiro de 2024, o Estado contabilizou 4.068 casos da doença

A Bahia tem 13 municípios em epidemia de dengue, conforme levantamento feito no Sistema de Notificação de Agravos e Notificações (Sinan) pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab). Ainda segundo a pasta, outros oito estão em alerta ou sob risco.

Para reduzir a possibilidade do avanço de casos, a secretária da Saúde do Estado, Roberta Santana, se reuniu na quinta-feira (8) com prefeitos e gestores municipais de saúde de cerca de 70 municípios de localidades que encontram-se em atenção, seja por conta do histórico da doença, seja por ter sofrido com as fortes chuvas do início do ano.

Conforme a pasta estadual de Saúde, os municípios em epidemia são: Bonito, Novo Horizonte, Piatã, Morro do Chapéu, Lajedão, Rodelas, Macaúbas, Jacaraci, Piripá, Encruzilhada, Cordeiros, Vitória da Conquista e Ipiaú.

Já as cidades em alerta para epidemia, são: Ibicoara, Tanque Novo, Mortugaba e Brejões, enquanto os municípios sob risco, são: Adustina, Chorrochó, Belo Campo e Anagé.

De acordo com a titular da pasta, as ações de combate ao vetor da dengue iniciadas em 2023 contribuíram para fazer com que a Bahia esteja, neste início de ano, com números menores que o mesmo período do ano passado.

A secretária ainda pontuou questões abordadas pela ministra da Saúde, Nísia Trindade, na última  quarta-feira (7), na reunião com governadores. “A ministra abordou as medidas de prevenção, combate à transmissão e tratamento da doença. Ela destacou que é preciso que todos ajudem”, relatou.

Na reunião, ainda foi destacado que a equipe técnica da Secretaria da Saúde do Estado tem intensificado o trabalho de apoio e assistência técnica aos municípios, realizando ações como capacitação com a rede assistencial no manejo clínico de arboviroses e aquisição de repelentes para gestantes cadastradas na atenção básica dos municípios.

“Tenho a percepção que estamos de mãos dados com os gestores municipais. Não temos como trabalhar de forma isolada”, afirmou. 

A ideia do encontro foi fortalecer a cooperação entre as autoridades locais e a gestão de saúde, buscando soluções conjuntas para conter a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da Dengue, Zika e Chikungunya.

“É importante que possamos socializar as informações e trabalhar de forma coletiva para que a Bahia não entre em uma situação crítica”, afirmou a prefeita de Lauro de Freitas, Moema Gramacho (PT). Opinião compartilhada pelo prefeito de Ilhéus, Marão (PSD). “A ação conjunta no combate a dengue é fundamental”, afirmou.

Já a Diretora da Vigilância Epidemiológica do Estado, Márcia São Pedro, que também participou da reunião, reforçou a necessidade dos municípios de promover mutirões de limpeza, eliminando focos do mosquito causador da dengue.

Segundo ela, é importante também que a população esteja atenta aos possíveis criadouros dentro das residências. “Não podemos deixar acumular água em recipientes como garrafas, pneus e pratos usados para plantas. Outra medida essencial é cobrir as caixas de água”.

Situação da dengue

De acordo o Sinan, entre o mês de janeiro até 6 fevereiro de 2024 (semanas epidemiológicas 1, 2, 3, 4 e 5), a Bahia tem 4.068 casos notificados de dengue. Quando comparado ao mesmo período de 2023, apresenta redução de 11,8% – no período, foram notificados 4.614 casos de dengue. Não há óbito confirmado.

Vacinação

A vacinação contra a dengue também foi abordada no encontro. Inicialmente, o público-alvo será composto por crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, faixa etária que concentra o maior número de hospitalizações por dengue, após os idosos, grupo para o qual a vacina não foi liberada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A secretária Roberta Santana esclareceu que, embora a vacinação seja um grande contribuição, é uma alternativa que terá resultado a médio e longo prazo.

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