A cantora Paulinha Oliveira passou da euforia à frustração em 20 dias devido a divulgação do resultado da Lei Paulo Gustavo, em Cruz das Almas, no Recôncavo baiano.
De acordo com a artista local, seu nome havia saído na lista definitiva de classificados e publicado no Diário Oficial do Município no dia 8 de novembro, entretanto, após o resultado o nome da cantora teria sido retirado da lista e publicado em nova edição como suplente.
“No dia 11 de novembro, nosso projeto de realização de um documentário sobre a procissão de sanfoneiros realizada na cidade, foi publicado como aprovado no Diário Oficial do Município. Já no dia 30 saiu uma nova edição que colocava o nosso nome como suplente. Fui na Secretaria da Cultura, assinei contrato e chegaram a pedir meus dados bancários para efetuar o depósito. Acontece que fui rebaixada de contemplada a suplente sem nenhuma explicação”, disse Paulinha ao alegar perseguição da gestão do prefeito Ednaldo Ribeiro.
Em entrevista ao Portal M!, a cantora disse que, diante da aprovação na Lei Paulo Gustavo, havia contratado uma equipe de filmagem e edição para o registro da procissão, mas ficou impedida de fazer por não ter recurso suficiente para pagar à produtora audiovisual.
Paulinha Oliveira apresentou recurso, mas não acredita em nova vitória, pois acha que os critérios que a prefeitura está adotando são meramente políticos e não técnicos ou culturais.
“Apresentei o recurso logo no dia que saiu esse novo edital no dia 30 de novembro, e o resultado do recurso vai sair nesta quarta-feira (6). O argumento que eles têm é que houve um equivoco na quantidade de cotas, só que não me inscrevi para cotas, e sim para ampla concorrência, e saiu no diário oficial o resultado definitivo como aprovada. Estou muito abalada psicologicamente porque assumi um compromisso com equipe de cinema, e agora não sei o que fazer.”
Prefeitura de Cruz das Almas
Em nota enviada ao Portal M!, a Prefeitura de Cruz das Almas disse que, de acordo com informações do secretário de Esportes, Cultura e Turismo e Lazer, Paulinha Oliveira teve o seu projeto aprovado em último lugar da categoria para qual ela se inscreveu, que foi documentário e curtas metragens.
Ainda em trecho de nota, a Prefeitura informou que houve um recurso por parte do sistema de cotas, e a pessoa que entrou com o recurso, ganhou. Diante disso, pelas cotas a outra pessoa acabou ocupando a vaga e Paulinha infelizmente foi para a suplência.
A Prefeitura de Cruz das Almas diz lamentar o ocorrido e respeitar todos os fazedores de cultura, e afirmou que a pasta precisa seguir o que diz a lei. “A comissão da Lei Paulo Gustavo tem que cumprir todas as decisões judiciais”, finalizou o comunicado.