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Aos 78 anos, morre Alberto Pinto Coelho, ex-governador de Minas Gerais

Atual gestor estadual, Romeu Zema, decretou luto oficial de três dias

O ex-governador de Minas Gerais, Alberto Pinto Coelho Júnior, 78 anos, morreu nesta segunda-feira (20), vítima de leucemia. Ele estava internado em um hospital particular de Belo Horizontem capital mineira. O governador atual, Romeu Zema (Novo), decretou luto oficial de três dias.

Após a renúncia de Antonio Anastasia (PSDB) para concorrer ao Senado em 2014, Alberto Pinto Coelho Júnior assumiu o governo de Minas Gerais de abril a dezembro. O velório está ocorrendo nesta tarde, no Palácio da Liberdade, aberto ao público. O enterro está programado para terça-feira (21), às 9h, no cemitério Parque da Colina.

Conheça a trajetória do ex-governador

Alberto Pinto Coelho Júnior nasceu em outubro de 1945 em Rio Verde (GO), mas foi criado em Manhuaçu, no interior de Minas, a partir dos 3 anos de idade. Filho de Alberto Pinto Coelho, ex-deputado estadual e ex-presidente da Assembleia Legislativa de Goiás, ele herdou o espírito para a vida pública, de acordo com informações divulgadas pelo governo de Minas. Sua mãe, Abigail, era pedagoga.

Segundo a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (AL-MG), Coelho foi deputado estadual por quatro mandatos consecutivos, tendo sido presidente do Legislativo de 2007 a 2010. Um de seus filhos é o 3º-vice presidente da AL-MG, deputado Betinho Pinto Coelho (PV), que assumiu em 2023 seu segundo mandato no parlamento mineiro. O ex-governador deixa os filhos Alexandre, Daniel e Paula.

Com formação em administração de empresas, Alberto Pinto Coelho também teve experiência no setor de telecomunicações, atuando como representante do Ministério das Comunicações em Minas Gerais e ocupando cargos diretivos nas áreas de gestão administrativa.

Políticos lamentam perda

Romeu Zema classificou Pinto Coelho como um dos “políticos mais versáteis do estado”. “É uma grande perda para a política de Minas. Alberto foi um dos políticos mais versáteis do estado. Muito gentil, mantinha habilidade incomum para atingir o consenso, sempre disposto a ouvir o próximo, um traço essencial para quem chefiou o Legislativo e o Executivo. Minas perde com sua ausência, mas sempre terá o legado de um homem que dedicou a vida aos mineiros”, disse o governador.

Antonio Anastasia, hoje ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), disse que Minas perdeu um dos mais destacados homens públicos. “Minas Gerais perde hoje um de seus mais destacados homens públicos. Alberto Pinto Coelho foi um político exemplar, caracterizado por sua habilidade singular em ouvir, integrar e transformar divergências em consensos. Um político de coração enorme, singular e generoso”, disse.

Já o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) afirmou que Pinto Coelho foi um dos homens mais relevantes da política mineira. “Com a morte do ex-governador Alberto Pinto Coelho, Minas Gerais se priva da convivência com um dos homens públicos mais relevantes da história recente do nosso estado (…) Marcou sua trajetória por ter sido um homem público do consenso, do diálogo e da relação cordial e republicana com todas as correntes políticas”, afirmou.

O presidente da AL-MG, Tadeu Martins Leite (MDB), afirmou que Coelho Pinto era estadista e defensor da cidadania. “Perda inestimável para Minas Gerais. Grande estadista, com mais de 30 anos de vida pública, Alberto Pinto Coelho escreveu seu nome na história da política mineira. Como governador de Minas e presidente da AL-MG, foi um exímio defensor da cidadania e dos valores democráticos. Alberto deixa um legado de apreço pela boa política. Manifesto profunda solidariedade ao amigo deputado Betinho Pinto Coelho, e a todos os familiares e amigos”, disse o presidente do Poder Legislativo mineiro.

 

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