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Cresce disputa para suceder Elinaldo em Camaçari. A situação desconfortável de Rui. Os desgastes na base e o golaço de Jerônimo com as emendas

Toda quarta temos novidades da política, do mundo empresarial, jurídico e das artes pra que você entenda melhor "como a roda gira" nos bastidores

A situação desconfortável de Rui 

Não é nada confortável a situação de Rui Costa como ministro da Casa Civil do Governo Lula. Apontado em Brasília como o principal culpado pela desarticulação da base governista no Congresso, o ministro é responsabilizado pela demora na nomeação de quase 200 indicados pelos partidos para cargos na Esplanada dos Ministérios. As indicações não andam. 

Ministro Rui Costa

Liberação de emendas travada

Outra queixa pesada, que recai nas costas de Rui, é a demora na liberação de emendas ao Orçamento da União. Alguns parlamentares falam que o atraso já passa do quarto mês, o que tem causado uma sequência de derrotas do governo junto à Câmara Federal e ao Senado. Segundo informações do próprio Planalto, a gestão Bolsonaro deixou de pagar mais de R$ 1 bilhão em emendas individuais, que só agora começaram a ser quitadas, aumentando a pressão dos parlamentares sobre o ministro da Casa Civil, responsável pelas nomeações e exonerações. 

Humor ácido dos deputados 

Foi autorizado pelo Governo Lula o pagamento de R$ 1,3 bilhão neste ano, valor que não caiu ainda nos cofres das prefeituras. E, enquanto esse dinheiro não chegar, o humor dos deputados não deve melhorar. O detalhe é que Rui atuou oito anos como governador e chegou a Brasília com poucos amigos. O problema é que, segundo a revista Veja da última semana, quatro meses depois “o ministro não fez nenhum novo amigo e ainda perdeu os poucos que tinha”. A grita é geral, dentro e fora do governo. 

Plen[ario da Câmara dos Deputados

A pressão foi grande 

Segundo a Veja, até nomes de possíveis substitutos chegaram a ser cogitados. A pressão foi tanta que, na sua última passagem pela Bahia, Lula tratou de sair na defesa do aliado, elogiando Rui Costa nos eventos. “O Rui toma conta do governo. Tudo o que vai para mim passa pelo Rui primeiro”, disse Lula. No mesmo discurso, numa comparação que o presidente considera elogiosa, Lula disse que Costa é sua “Dilma de calças”.

Lula e Rui Costa

Cresce disputa para suceder Elinaldo 

Só faz aumentar a lista de pré-candidatos à Prefeitura de Camacari, que disputam o apoio do  prefeito Antônio Elinaldo (União Brasil). Eram cinco e agora já chegam a seis os nomes dos postulantes que sonham em se tornar candidato do grupo à sucessão local. Estão no páreo José Tude, Flávio Matos, Júnior Borges, Helder Almeida, Elias Natan e Jorge Curvelo. Pelo que se comenta na cidade, ainda não há favorito.  

Antônio Elinaldo

Preparados e unidos? 

Em evento recente na cidade, Antonio Elinaldo apresentou os aliados e disse que ali estavam “os seis pré-candidatos do grupo, todos preparados e unidos para poder representar o nosso trabalho e fazer Camaçari avançar ainda mais”. E disparou o gestor para uma plateia de apoiadores: “Daqui, com certeza, sairá o nosso futuro prefeito”. O que não ficou claro no encontro, nem nas rodas de conversa dos bastidores, são os critérios que serão utilizados pelo prefeito para definir o candidato à sua sucessão. 

Helder Almeida

Caetano ou Ivoneide em 2024? 

Correndo por fora e se fortalecendo bastante como secretário estadual de Relações Institucionais, o ex-prefeito Luiz Caetano é apontado como o principal nome do governo Jerônimo Rodrigues para brigar, com chances de vitória, pela Prefeitura de Camaçari. Além dele, outro nome lembrado pelos aliados do PT no município é a deputada federal Ivoneide Caetano, esposa do secretário, que também nutre o desejo de comandar a prefeitura.

 

Ivoneide Caetano

O golaço das emendas 

O governador Jerônimo Rodrigues marcou um golaço na relação com os deputados da Assembleia Legislativa da Bahia. Hoje, um parlamentar pode indicar R$2,2 milhões por ano em emendas para o governo estadual. A partir de 2023, com a PEC aprovada ontem, o montante deve chegar a R$4,4 milhões e, em 2025, até R$7 milhões, o que depende da receita corrente líquida do Estado.

Jerônimo Rodrigues

Deputados indicarão obras 

Esses recursos servirão para os deputados estaduais indicarem obras e ações para as 417 cidades da Bahia. A expectativa é que o governador possa concretizar a liberação das emendas, de forma democrática, dando espaço para os parlamentares atuarem de maneira mais direta nas suas comunidades. 

Plenário da AL-BA

Expectativa pelo cumprimento da promessa

No governo Rui Costa as emendas passaram a ser impositivas, ou seja, com pagamento obrigatório. No entanto, contudo, todavia, isso nunca aconteceu na prática, principalmente em relação à oposição. Em reunião recente na Governadoria, Jerônimo prometeu pagar as emendas aos deputados oposicionistas, conforme prevê a Constituição e sem fazer distinção entre aliados e oposição.

 

Jerônimo Rodrigues e deputados da oposição

Revolta com a articulação do governo 

O que se comenta na Assembleia é que a liberação das emendas deveria acontecer com mais celeridade, já que a própria base aliada começa a dar sinais de revolta com a articulação política do governo. Tanto que a aprovação ontem dos projetos do Planserv e o que criou a Polícia Penal da Bahia mostrou que nem tudo são flores e que há muitos espinhos e desgastes no meio do caminho governista. 

Deputado Rosemberg Pinto

Deputados chateados  

Deputados do PV, MDB e PP deram trabalho ao líder Rosemberg Pinto, que precisou se rebolar para conseguir quórum suficiente para as votações de ontem. Muitos aliados falavam nos bastidores que o governo Jerônimo prometeu muita coisa e não entregou nada até agora. A reação serviu como  um recado para o governo de que a base precisa estar satisfeita para patrocinar os interesses do governador na Casa. As nomeações não saem do papel. As emendas não são pagas, nem no valor antigo nem na proposta aumentada. Resultado, fragilidade na relação entre governo e a própria base no parlamento. 

PT racha com o PCdoB em Jacobina 

Um racha político no interior da Bahia pode melar a federação entre o PT e o PCdoB nas eleições do próximo ano. Desta vez é o prefeito comunista de Jacobina, Tiago Dias, que tenta pressionar para que o PT não tenha candidatura própria e possa apoiar a sua reeleição. Tanto que circulam notícias de que ele estaria de malas prontas para se filiar aos Partido dos Trabalhadores, o que foi negado pela presidente do diretório municipal dos sigla, Mariana Oliveira. 

Tiago Dias é prefeito de Jacobina

Prefeito desgastado 

A dirigente petista disse que “não há qualquer possibilidade” de o atual prefeito migrar para o seu partido. “Não há conversa alguma com o PT no âmbito estadual sobre este assunto”. Mariana enfatizou que a notícia não é verdadeira e que o prefeito está sendo pressionado pelo PCdoB para se candidatar à reeleição pela federação, “colocando em risco a vitória da federação no próximo ano, pois o prefeito está desgastado e rejeitado na cidade”.

Mariana Oliveira

Polêmica em Itaberaba 

O Hospital Regional de Itaberaba está para ser aberto após conclusão das obras, mas um impasse entre as gestões estadual e municipal travou a entrega do equipamento por pelo menos um ano. Ainda sem data fixa para ser entregue, a unidade pode ser inaugurada no final de maio ou início de junho pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT). Só que outro entrave agora pode demorar ainda mais a entrega.

Ricardo Mascarenhas

O povo quer saber 

Isso porque o deputado estadual Robinson Almeida (PT) quer mudar o nome da unidade para Hospital Regional Piemonte do Paraguaçu, sendo que o prefeito de Itaberaba, Ricardo Mascarenhas, já tratou de colocar o nome do seu saudoso pai no equipamento público. E aí? Vai ser Piemonte do Paraguaçu ou Jadiel Almeida Mascarenhas? O povo quer saber! 

Robinson Almeida

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