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Suíca repudia caso de racismo na UFRB: “Bolsonaro ajudou os racistas a perderem a vergonha”

Vereador de Salvador repudiou o caso de racismo registrado contra uma professora negra da Universidade Federal do Recôncavo Baiano 

O vereador de Salvador, Luiz Carlos Suíca (PT), repudiou o caso de racismo registrado contra uma professora negra da Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB). Para Suíca, o fato do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) “ser um racista declarado” ajudou no aumento de casos no país. “Não tenho dúvida que Bolsonaro ajudou muito para que os racistas perdessem a vergonha e saíssem do armário. Ainda mais se considerarmos que parte da nossa sociedade é racista em sua estrutura velada, mas há punição para racistas também e temos de denunciar cada caso. Não receber um papel das mãos de uma pessoa por ela ser negra é de um absurdo sem precedente”, salienta.

A professora Isabel Cristina Ferreira dos Reis denunciou à polícia que foi vítima de racismo durante aplicação de provas – dentro do campus da instituição na cidade de Cachoeira. A UFRB emitiu nota e informou que repudia a atitude do estudante do curso de Ciências Sociais, Danilo Araújo de Góis, contra a professora e contra outros estudantes do Centro de Artes, Humanidades e Letras. Em vídeos difundidos por perfis de redes sociais, é possível ver o momento em que Danilo Araújo se recusa a pegar uma avaliação das mãos da professora Isabel. A coordenadora do curso chega na sala e a professora tenta mais uma vez entregar a prova, mas o jovem também recusa. É possível ouvir que ela responde ao jovem: “mas eu não tenho nenhuma doença contagiosa”.

Suíca ainda aponta que o caso é um dos vários que acontecem dentro das universidades do país. Ele aponta que “o Brasil precisa ser recolocado nos trilhos do desenvolvimento”. Para o edil petista “a fase que o país passa é de envergonhar qualquer trabalhador brasileiro. Precisamos de um governo popular. Bolsonaro não consegue controlar as crises dentro da sua própria casa vai controlar crises no Brasil? É até piada! Somente um governo popular para os movimentos retomarem suas posições. As punições para racistas, por exemplo, ainda são muito brandas. Temos que lutar para termos mais condenações, isso servirá de exemplo para muitos. Vão pensar duas vezes antes de cometerem crime contra sua professora, contra garis, contra trabalhadores”.

 

Senado aprova pacote anticrime de Sérgio Moro

Texto vai à sanção do presidente da República

O Senado aprovou na noite desta quarta (11) o Projeto de Lei 6.341/2019, conhecido como pacote anticrime. O pacote reúne parte da proposta apresentada no início deste ano pelo ministro da Justiça, Sergio Moro, e trechos do texto elaborado pela comissão de juristas coordenada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Agora, o texto vai à sanção do presidente Jair Bolsonaro.
A matéria traz mudanças na legislação penal, como aumento de penas e novas regras para progressão de regime pelos condenados. O texto foi aprovado na Câmara na semana passada, sem pontos considerados mais polêmicos. Dentre esses pontos, estão temas como prisão após condenação em segunda instância, que está em discussão por instrumentos diferentes na Câmara e no Senado; e o plea bargain, dispositivo que prevê a redução de penas de acusados que confessarem ter cometido um determinado crime.

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