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Presidente Lula cita resgate do cavalo Caramelo durante anúncio de novas medidas de socorro para Rio Grande do Sul

A situação do cavalo reforça a emergência humanitária do RS e os esforços da população em ajudar o estado gaúcho

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta quinta-feira (9), que foi dormir inquieto na noite de quarta-feira (8), pensando em um cavalo que ficou preso em cima do telhado de uma casa no Rio Grande do Sul. A declaração ocorreu durante anúncio do governo sobre as medidas de socorro para o Estado, que enfrenta a pior tragédia climática da sua história.

“Eu fico imaginando se aquele cavalo pensasse, como a gente imagina que são os pensamentos, o que aquele cavalo estava pensando, sozinho, em cima do telhado?”, questionou o presidente. “Espero que ninguém monte naquele cavalo por algum tempo, porque ele merece um bom descanso.”

O presidente se referiu a uma imagem que circulou em jornais e redes sociais nesta quarta-feira, de um cavalo, mais tarde apelidado pela população de “Caramelo”, que estava ilhado em cima de uma residência no município de Canoas, um dos mais afetados pelas cheias. O nível da água quase alcançava o animal.

No início da manhã desta quinta-feira, a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, afirmou que equipes foram mobilizadas para retirar o cavalo do local. “Acabo de conversar com o general Hertz, comandante das operações no RS, e ele já mobilizou equipes para localizar e fazer o resgate do cavalo em Canoas. (…) Vamos torcer para que o ‘Caramelo’ tenha resistido essa noite”, escreveu.

Pelo X (antigo Twitter), no final da manhã, ela informou que o animal foi resgatado, com trabalho de voluntários e do Exército. “Desde às 6h da manhã estamos mobilizados e conseguimos salvar o cavalo Caramelo”, disse. Em outra publicação, a primeira-dama afirmou que o animal é uma fêmea.

Recursos

No início de seu discurso, antes de mencionar a cena do cavalo, o presidente agradeceu aos outros Poderes pelas ações conjuntas, “como se fôssemos uma orquestra”.

O último balanço da tragédia climática que atinge o Estado gaúcho divulgado na manhã desta quinta mostra que o número de mortos chegou a 107 pessoas. Há 136 desaparecidos, além de 67 mil em abrigos. O total de municípios atingidos chega a 425.

A crise de calamidade pública causada pelas enchentes foi comparada a uma situação de guerra pelos ministros.

Foram anunciadas medidas econômicas para apoiar os gaúchos, como a restituição de Imposto de Renda prioritária para a população do Estado, antecipação do pagamento de auxílios do governo, como o Bolsa Família, além de aportes para projetos de reconstrução de pontes, estradas e outras estruturas, entre outras medidas. O pacote de medidas anunciado por Haddad inclui apoio direto a cidadãos, empresas, Estado e municípios.

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