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Lula sanciona isenção do Imposto de Renda para quem ganha até dois salários mínimos em ato das centrais sindicais

Agora, a faixa de isenção vale para quem recebe até R$ 2.824. Presidente voltou a se comprometer, até o final de seu mandato, a elevar valor para R$ 5 mil

No evento das centrais sindicais em comemoração ao Dia do Trabalhador, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), sancionou nesta quarta-feira (1º), o reajuste da tabela do Imposto de Renda. A nova lei altera os valores da tabela progressiva mensal do IR.

Agora, a faixa de isenção foi estendida para quem ganha até dois salários mínimos, R$ 2.824.

O presidente voltou a se comprometer, até o final de seu mandato, a elevar esse valor para R$ 5.000.

Segundo Lula, sua ideia é “despenalizar” a população de baixa renda “e fazer com que o muito rico pague imposto de renda nesse País”.

Mesmo assim, o presidente afirmou que “o que é importante” neste momento é destacar o aumento do salário e a diminuição da inflação.

“Hoje eu posso olhar na cara de vocês e dizer que nós vamos fazer um mandato melhor que os outros dois”, disse o presidente

Justificativas para o veto à desoneração em folha

No mesmo evento promovido pelas centrais, Lula justificou o veto à desoneração em folha de 17 setores da economia. “A gente faz desoneração quando o povo pobre ganha”, afirmou.

Cobrando contrapartidas dos setores para oferecer a desoneração, ele voltou a afirmar que “no nosso País não haverá desoneração para favorecer os mais ricos”.

O presidente também afirmou que todo o alimento da cesta básica será desonerado e que “não terá imposto de renda sobre comida para o povo trabalhador desse País”.

A pedido da Advocacia-Geral da União (AGU), o ministro Cristiano Zanin suspendeu a prorrogação da folha de pagamentos de 17 setores da economia e dos municípios. O Congresso havia derrubado o veto de Lula ao projeto.

Lula reclama de baixo público em ato 

Durante discurso no evento em comemoração do Dia do Trabalhador, Lula mostrou incômodo com a mobilização realizada para o ato. Segundo o presidente, a convocação para o evento de 1º de Maio, realizado no estacionamento do estádio do Corinthians, em Itaquera, não foi feita como deveria, o que reduziu o público do evento.

No palco, ao apresentar seus ministros, ele falou que tratou do assunto com Márcio Macedo, titular da Secretaria-Geral da Presidência, mas tentou minimizar o problema de falar para menos gente do que o esperado.

“Ele (Márcio Macedo) é responsável pelo movimento social brasileiro. Não pense que vai ficar assim. Vocês sabem que ontem eu conversei com ele sobre esse ato e eu disse para ele: ‘Oh Márcio, o ato está mal convocado. O ato está mal convocado. Nós não fizemos o esforço necessário para levar a quantidade de gente que era preciso levar’. Mas, de qualquer forma, eu estou acostumado a falar com mil, com um milhão (de pessoas), mas também, se for necessário, eu falo apenas com a senhora maravilhosa que está aqui na minha frente pra conversar com a gente”, disse o presidente da República.

Confira o momento:

 
 
 
 
 
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Antes da fala de Lula, outros dirigentes de centrais defenderam maior presença de grupos de esquerda nas ruas, em contraposição aos atos de direita convocados por Jair Bolsonaro (PL), ainda que sem citá-lo.

Nas redes, aliados do ex-presidente ironizaram o que consideraram uma baixa participação dos atos das centrais, mesmo antes do evento começar efetivamente. “Um boneco do Bolsonaro coloca mais gente na rua”, ironizou o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG). “Lula bate mais um recorde de fiasco absoluto”, completou Gustavo Gayer (PL-GO).

Além de Lula e Macedo, também estavam presentes o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, e os ministros Cida Gonçalves (Mulheres), Anielle Franco (Igualdade Racial), Luiz Marinho (Trabalho), Alexandre Padilha (Relações Institucionais), André Fufuca (Esportes), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário), Silvio Almeida (Direitos Humanos) e Paulo Pimenta (Comunicações).

O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), pré-candidato de Lula nas eleições em São Paulo também compareceu e discursou.

 

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