Lula critica Maduro, mas descarta romper relações com a Venezuela
Presidente brasileiro condena comportamento do líder venezuelano, mas defende solução diplomática para o impasse eleitoral
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que, apesar das críticas ao comportamento de Nicolás Maduro, não pretende romper relações com a Venezuela ou aplicar sanções ao país. Em entrevista à Rádio Difusora Goiânia, nesta sexta-feira (6) Lula declarou que o líder venezuelano “deixa a desejar” no que se refere à condução do processo eleitoral.
Durante a conversa, Lula destacou que o Brasil “aprendeu a fazer democracia com muito sofrimento” e que atitudes extremistas, como as de Maduro, refletem a incapacidade de aceitar uma derrota. “Quando o cara é extremista, ele não aceita a derrota”, apontou o presidente brasileiro.
Embora tenha declarado que não reconhece a vitória de Nicolás Maduro, Lula também não endossa a versão da oposição de que venceu o pleito. Segundo o presidente, a solução mais viável para a crise venezuelana seria a convocação de novas eleições ou a formação de uma coalizão política que permita a convivência democrática no país.
Lula justificou sua posição dizendo que Maduro não seguiu os trâmites corretos ao pular o Conselho Nacional Eleitoral, que tinha representação tanto do governo quanto da oposição, e recorrer diretamente à Suprema Corte para validar o resultado. “Eu me senti no direito de dizer que não reconheci aquele resultado eleitoral, porque não estava correto”, afirmou Lula, acrescentando que novas eleições seriam uma maneira de comprovar a legitimidade do processo.
Apesar do impasse eleitoral, Lula destacou que o Brasil, em parceria com a Colômbia, está empenhado em encontrar uma solução para a crise. Ele reafirmou sua posição contra o rompimento de relações diplomáticas e o uso de sanções unilaterais, argumentando que os bloqueios afetam a população, não o governo. “O bloqueio não prejudica o Maduro, prejudica o povo. E acho que o povo não deve ser vítima disso”, ressaltou o presidente.
Lula evitou classificar diretamente o governo de Maduro como uma “ditadura”, preferindo chamá-lo de um “rolo”. Ele também reconheceu que sua postura em relação à Venezuela gera discordâncias dentro dos partidos que compõem sua base de apoio.
Ainda durante a entrevista, Lula refletiu sobre o cenário político no Brasil, mencionando que grande parte dos partidos que hoje integram seu governo não o apoiaram nas eleições. Apesar disso, ele afirmou que “precisa governar” e, para tanto, é fundamental garantir maioria nas votações do Congresso. “Tem muita gente no meu governo”, disse, enfatizando a necessidade de alianças para a governabilidade.
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