O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), afirmou que considera a taxação de compras internacionais de até US$ 50 “controversa demais” para servir como compensação dos gastos do governo com a desoneração da folha de pagamentos. A declaração ocorreu, nesta terça-feira (21), em meio a negociações no Senado pela aprovação do projeto que consolida o acordo do governo com o Congresso sobre a desoneração.
Relator do texto, Wagner disse que aguarda o governo informar a fonte de receitas para compensar a desoneração. A expectativa é de que, com essa informação, ele publique o seu parecer na quinta-feira (23).
A proposta de que a taxação desses bens sirva como compensação para a desoneração consta em um projeto alternativo do senador Angelo Coronel (PSD-BA). O petista, no entanto, disse não ver como possibilidade que a fonte de compensações seja a taxação de bens importados. O tema está prestes a ser votado na Câmara.
“Eu acho que não, que é uma coisa controversa demais”, declarou Wagner a jornalistas. “A disputa disso está muito mais entre a indústria nacional, querendo se proteger, e a simpatia de 100 milhões de brasileiros que não querem que taxe”, avaliou o senador.
Wagner disse atuar para que o projeto da desoneração vá a votação no Senado na próxima semana. Segundo ele, os senadores podem votar o requerimento de urgência para o projeto ainda nesta semana, mas a expectativa é de que ocorra também na semana que vem.
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