Datafolha: 62% dos brasileiros rejeitam anistia aos golpistas do 8 de Janeiro
Em comparação ao estudo anterior realizado pelo instituto em março, opinião sobre tema permaneceu praticamente inalterada
Uma pesquisa do Datafolha divulgada, nesta última quarta-feira (18), mostrou que 62% dos brasileiros são contra a concessão de anistia aos participantes dos atos golpistas ocorridos em 8 de janeiro de 2023. De acordo com o levantamento, 33% dos entrevistados se manifestaram a favor da medida, enquanto 5% disseram não saber e 1% se mostrou indiferente.
Apoio e rejeição à anistia
Segundo o Datafolha, o apoio à anistia se mostrou maior entre homens, com 37% favoráveis, enquanto 59% rejeitaram a medida. Entre as mulheres, 29% defenderam a anistia e 64% optaram pela punição dos envolvidos nos atos.
A pesquisa também revelou que grupos específicos apresentam maior apoio à medida, como eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro(PL) (45%), assalariados sem registro (38%), empresários (37%) e evangélicos (37%). Por outro lado, a maior rejeição à anistia veio de grupos que votaram no presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) (72%), funcionários públicos (68%), estudantes (68%) e desempregados (67%).
Anistia e perspectivas para 2025
A proposta de anistia se tornou um tema central para alguns políticos, que visam extinguir as penas dos envolvidos nos eventos de 8 de Janeiro e buscam alternativas que possibilitem a candidatura de Bolsonaro nas eleições presidenciais de 2026. O ex-presidente está inelegível até 2030, devido a um julgamento realizado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em junho deste ano.
Em declarações recentes, Bolsonaro pediu ao presidente Lula e ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes que aceitassem a anistia para os participantes dos atos. O ex-presidente argumentou que a medida ajudaria a “pacificar” o país.
Projeto de Lei na Câmara dos Deputados
Na Câmara dos Deputados, tramita um projeto de Lei que busca conceder anistia aos participantes dos atos golpistas e, ao mesmo tempo, beneficiar Bolsonaro. A proposta foi apresentada pelo ex-deputado major Vitor Hugo (PL-GO), líder do governo Bolsonaro na Câmara. O PL prevê a anistia a todos que tenham participado de manifestações entre o dia 30 de outubro de 2022 e a data em que a proposta entrar em vigor, abrangendo crimes políticos e eleitorais.
No entanto, a tramitação do projeto enfrentou obstáculos, especialmente após o indiciamento do ex-presidente no relatório final da Polícia Federal (PF). Além disso, o projeto se tornou ainda mais controverso devido à sua associação com a tentativa de reverter a inelegibilidade de Bolsonaro.
A proposta foi inicialmente usada como parte de um movimento para apoiar a candidatura de Hugo Motta (Republicanos-PB) à presidência da Câmara dos Deputados. Porém, ele não indicou que haverá pressa para colocar o tema em votação, caso seja eleito presidente da Casa. A discussão sobre a anistia e suas implicações políticas continua a ser um tema relevante no cenário nacional, com divergências de opinião que refletem as divisões políticas e sociais no Brasil.
Pesquisa Datafolha e metodologia
A pesquisa foi realizada com 2.002 brasileiros maiores de 16 anos, em 147 municípios de diversas regiões do país. A margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, com um índice de confiabilidade de 95%.
Em comparação ao estudo anterior realizado pelo instituto em março, a opinião sobre o tema permaneceu praticamente inalterada. Na pesquisa de março, 63% dos entrevistados eram contra a anistia, enquanto 33% apoiavam a medida. A diferença nas respostas entre as duas edições da pesquisa está dentro da margem de erro.
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