O presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, defendeu nesta quinta-feira (12), em São Paulo, a antecipação da proibição do uso de cartões de crédito para pagamentos de apostas eletrônicas e esportivas.
Durante um evento com jornalistas, ele pediu ao governo que proíba essa forma de pagamento em sites de apostas. Essa medida visa evitar o comprometimento da renda dos correntistas e o crescimento da inadimplência.
“Eu particularmente entendo – e essa é uma posição pessoal – que o governo deveria usar todos os meios legais para proibir, imediatamente, o uso do cartão de crédito para a realização de jogos. A proibição feita ainda não está sendo observada. O cartão é um produto fundamental e seu uso para apostas já está afetando o consumo das famílias e aumentando a inadimplência”, assinalou Sidney.
Febraban diz se tratar de “opinião pessoal”
Por meio de uma nota, a Febraban esclareceu que essa é a opinião pessoal de Sidney. Apesar de ser o presidente da entidade, ele não fala em nome da federação nem dos bancos associados.
Em abril, o Ministério da Fazenda decidiu que as apostas eletrônicas só poderão ser pagas por meio de Pix, transferência ou débito. No entanto, essa restrição só entrará em vigor em janeiro, quando a nova regulamentação das bets, como são conhecidas as empresas de apostas, passará a valer.
Sidney mencionou que discutiu o tema com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Segundo ele, a Febraban está avaliando o impacto das bets no superendividamento das famílias. O crescimento das apostas esportivas pode refletir em juros mais altos na concessão de crédito devido ao aumento da inadimplência.
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