Benny Gantz, ministro da Guerra de Israel e crítico ferrenho do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, renunciou ao cargo neste domingo (9), decisão que já era esperada pelo governo desde sábado (8), mas que foi adiada após a divulgação de que quatro reféns foram resgatados de Gaza.
Há três semanas, Gantz, que lidera o partido centrista Unidade Nacional, havia dado 8 de junho como prazo final para que o gabinete de guerra articulasse um plano para acabar com o conflito em Gaza e garantisse um acordo para devolver os reféns israelenses mantidos em Gaza pelo grupo terrorista Hamas.
Com a renúncia de Gantz, Netanyahu se vê cada vez mais dependente de seus aliados de extrema direita para manter a maioria no parlamento israelita. Gantz, que é um ex-chefe militar e figura bastante popular, havia se unido ao governo de Netanyahu como um gesto de unidade após o ataque do Hamas ao território israelense, em 7 de outubro, que matou cerca de 1.200 pessoas.
A presença de Gantz também aumentou a credibilidade de Israel junto aos parceiros internacionais. O agora ex-ministro da Guerra tem boas relações de trabalho com autoridades dos Estados Unidos.
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